sexta-feira, 30 de março de 2012

Casino tira Abilio Diniz de seu Conselho de Administração

Reporta Adriana Mattos, no Valor, que devido a “conflitos em curso”, o Conselho de Administração da varejista francesa Casino decidiu não reconduzir o empresário Abilio Diniz para a função de conselheiro. A medida foi tomada hoje em reunião entre membros do órgão na sede da rede francesa hoje e não tem efeitos no Grupo Pão de Açúcar ou na Wilkes Participações, holding controladora do GPA.
Dos 15 conselheiros que estiveram na reunião hoje, 13 votaram pela não condução de Diniz e de Philippe Houzé, presidente da Galeria Lafayette. Os dois empresários tiveram desentendimentos recentes com o Casino, grupo comandado por Jean-Charles Naouri.

Best Buy fechará 50 grandes lojas nos EUA

Reporta Felipe Machado, no Valor Econômico, que a varejista de eletrônicos Best Buy anunciou o fechamento de 50 grandes lojas após um prejuízo líquido de US$ 1,7 bilhão no trimestre terminado em 3 de março. A companhia, que tem cerca de 1.000 grandes lojas em território americano, divulgou seus resultados com base no padrão contábil GAAP dos Estados Unidos.
O déficit da Best Buy no período vem após um lucro de US$ 651 milhões no trimestre anterior. Durante o ano fiscal de 2011, a empresa registrou prejuízo de US$ 1,2 bilhão, revertendo o lucro alcançado em 2010, também de US$ 1,2 bilhão.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Walmart quer ser plataforma para marcas

O maior varejista do mundo tem tamanho e lastro sem comparação no mercado. Isso pode ser uma grande dor de cabeça para seus executivos, mas também permite que soluções inovadoras sejam testadas em uma escala inatingível para os concorrentes.
O executivo de marketing do Walmart divulgou um comunicado apresentando a empresa para a Association of National Advertisers dos EUA como uma "plataforma de experiências".
A denominação é associada ao lançamento do "Retail Development Kit" (kit de desenvolvimento de varejo) da empresa. Esse kit é similar aos kits de desenvolvimento de software que as empresas de internet apresentam aos desenvolvedores para a criação de aplicativos e marcas. O kit inclui uma grande variedade de itens, como parcerias para anúncios em TV, promoções nas lojas e anúncios no site Walmart.com, e até a oportunidade de "pegar carona" em vários programas do Walmart nas redes sociais, como a campanha "My Local Walmart" no Facebook.
Outras grandes redes de varejo criaram campanhas para se estabelecerem como os canais preferenciais de mídia para várias marcas vendidas em suas lojas. A rede Target criou vários programas de co-patrocínio, com alto grau de sucesso. Kmart e Kohl's usam estratégias consagradas de cooperação, como circulares patrocinadas anunciando itens com descontos, e liquidações com a assinatura de um determinado fornecedor.
Mas os especialistas em marketing de consumo dizem que nenhuma grande empresa ousou tanto como o Walmart na cooperação com as marcas e fabricantes para criar campanhas.
O Walmart está apostando no seu kit de desenvolvimento de varejo para ampliar a venda de produtos em todas as lojas da rede. A diferença crucial e estratégica é que o Walmart conta com 3.600 lojas e uma ampla variedade de mídias tradicionais e digitais para atingir cerca de 200 milhões de residências nos Estados Unidos. Esse volume gigantesco torna o varejista uma das maiores plataformas direcionadas de mídia nos EUA, em um cenário onde as comunicações estão cada vez mais fragmentadas.
Na maioria dos casos, as opções de comunicações do varejista, incluindo a mídia no espaço das próprias lojas, são gerenciadas por empresas terceirizadas. A rede PRN é responsável pelas redes internas de televisão, Walmart Television Network e Walmart Smart Network. A editora Time vende os anúncios da revista All You, que está disponível nos caixas das lojas. E a Shopper Events, uma parceria entre as corretoras  Crossmark e Advantage, é responsável pelas promoções com amostras de produtos nas lojas do Walmart.
Com ou sem a parceria com terceiros, um dos maiores atrativos do Walmart é a percepção de seu imenso tamanho em combinação com um público muito focalizado -- os compradores das lojas Walmart.
A TV Walmart é um dos maiores potenciais de anúncios para o setor publicitário nos EUA. Mas a rede interna dos supermercados ainda não pode ser avaliada pelos mesmos mecanismos de verificação de audiência dos canais de TV tradicional -- o que é uma barreira para muitos anunciantes mais tradicionais (e que têm os bolsos bem fundos, coincidentemente).
Apesar disso, o Walmart está em uma posição bem privilegiada para oferecer opções de mídia para anunciantes que buscam novos meios para atingir o consumidor -- na hora certa, no lugar certo, e com a disposição certa (e dinheiro na carteira).

quarta-feira, 14 de março de 2012

Gadgets substituem vendedores nas lojas

Grandes varejistas dos EUA estão trocando o atendimento humano por aparelhos de mão. Segundo uma reportagem do NY Times, redes como Nordstrom, Macy's e C. Wonder perceberam que os clientes mais jovens são mais receptivos ao uso de tecnologias no espaço das lojas.
A geração atual de consumidores já cresceu com o e-commerce e sistemas de busca como o Google, e geralmente respondem "não" quando um atendente pergunta "posso ajudar com suas compras?". Mesmo redes que construíram sua reputação com o atendimento personalizado, como a loja de roupas Nordstrom, estão cedendo a essa tendência cada vez mais presente.
Os "consumidores turbinados" da nova geração compram de modo sistemático e pragmático: pesquisam detalhadamente os itens desejados, checam opiniões sobre os produtos nas redes sociais, comparam preços e checam promoções e descontos.
Em vez de adotar uma posição defensiva, algumas lojas e marcas estão abraçando a tendência, oferecendo gadgets para os clientes. A loja Bobbi Brown agora oferece TVs de alta resolução com tecnologia de toque, para demonstrações detalhadas de maquiagem -- algo que antes era feito por profissionais na loja. A loja de calçados do jogador de basquete LeBron James agora tem 50 iPads disponíveis para os clientes, com todas as informações sobre os produtos disponíveis. A Macy's está testando quiosques de cosméticos onde os clientes podem usar tablets para ver avaliações e dicas de uso. Na C. Wonder, os provadores de roupas têm um painel de toque onde a cliente pode personalizar a iluminação e a música.
Essa onda de aparelhos nas lojas é na verdade a ponta mais recente do conceito de self-service automatizado, que começou anos atrás em supermercados e mercearias. Agora, o cliente pode entrar na loja e realizar suas compras sem qualquer interferência -- o que é um ponto positivo para as lojas. Afinal, muitos consumidores simplesmente desistem de uma compra se forem abordados por um atendente.
O fator chave para a adoção cada vez maior dessas tecnologias é a aguda queda nos preços dos equipamentos, com uma intensa concorrência entre os fabricantes (isto é, entre a Apple e todos os outros).
E as lojas não querem perder clientes que se dão ao trabalho de ir pessoalmente a uma loja, mas preferem usar recomendações do Pinterest, resenhas da Zappos e do Fashism e comentários no Facebook, do que interagir com um vendedor.
Ricardo Quintero, diretor de desenvolvimento de mercado da Clinique, diz que há uma tendência entre os consumidores jovens que considera a interação com o vendedor uma perda de tempo, onde o profissional da loja vai tentar convencê-lo a comprar algo que você não quer ou não precisa. O uso dos gadgets alivia uma parte da pressão para esses consumidores.
Os clientes surpreendem os varejistas mais antenados. A Nordstrom lançou um app no ano passado, para facilitar compras a distância, quando o consumidor estivesse em casa ou em trânsito. Mas os clientes passaram a usar o aplicativo para comprar mercadorias na própria loja, evitando a ajuda dos vendedores.
Erik Nordstrom, presidente da rede de lojas, avalia que há uma grande mudança na definição de serviços ao consumidor no varejo, onde a tecnologia desempenha um papel cada vez mais importante. Em função dessa percepção, a Nordstrom instalou Wi-Fi em quase todas as lojas, para que as conexões com os celulares e tablets seja mais veloz, e também está testando áreas de recarregamento de baterias desses aparelhos.

Procon-SP determina suspensão de Americanas.com e Submarino

Segundo nota da Folha Online, a Fundação Procon-SP, órgão vinculado à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, determinou nesta quarta-feira a suspensão por 72 horas, a partir de amanhã (15), do comércio eletrônico nos sites Americanas.com, Submarino e Shoptime, da B2W Companhia Global do Varejo.
Além da paralisação das vendas em todo o Estado de São Paulo, a empresa deve pagar multa de R$ 1,744 milhão.

O varejo usa a web para contornar a mídia

Escreve Alan D. Mutter, no excelente blog Reflections of a Newsosaur, que os jornais dos EUA estão sofrendo mais um golpe pesado: alguns dos maiores varejistas do país estão usando seus próprios sites de e-commerce para publicar conteúdos editoriais e vender anúncios.
Ao se transformarem em publishers, essas empresas que antes dependiam dos jornais para atingir seus clientes estão criando conexões diretas e poderosas com os consumidores -- uma estratégia que pode reduzir ainda mais a demanda pela publicidade tradicional.
A não ser que os jornais americanos criem uma nova estratégia para esse problema, eles não vão conseguir deter a queda na publicidade, que fez o faturamento despencar de US$ 49,4 bilhões em 2005 para US$ 24 bilhões em 2011. Só para efeito de comparação, o faturamento dos jornais é menos de dois terços da publicidade vendida pelo Google -- US$ 37,9 bilhões.
Leia o texto completo de Mutter aqui.

quarta-feira, 7 de março de 2012

Pesquisa mapeia a utilidade das marcas na Internet brasileira

Segundo nota do IDG Now, a RMA Comunicação, uma das maiores agências de comunicação corporativa do País, divulgou nesta terça-feira, durante o evento #MarcaUtil, o resultado de uma pesquisa de mesmo nome feita na Internet, em fevereiro, com o objetivo de entender o uso das redes sociais pelo internauta brasileiro e sua percepção de utilidade das marcas dentro desse meio.
A pesquisa ficou aberta na Internet ao público geral durante 15 dias e teve mais de 1200 respondentes. As perguntas (11 ao todo) visavam identificar a percepção de utilidade da marca (Brand Utility) online. Nesse sentido, 69% dos participantes declarou considerar apenas razoável a utilidade da presença online das marcas.  Ao responderem em que rede social seria mais importante uma marca participar para ser útil na Internet, 69% dos usuários apontaram o Facebook, seguido do Twitter, com 18% das respostas, Google+ com 6% e Linkedin com 3%.
Sobre o que faz a marca ser útil na Internet, o atendimento rápido ao cliente foi considerado imprescindível por 68% dos respondentes, seguido de compartilhamento de conteúdos relevantes (62%), prestação de serviços (59%) e educação sobre produtos e tendências (46%). No ranking de marcas úteis (respostas espontâneas) os cinco primeiros lugares ficaram com Ponto Frio, em primeiro lugar, seguido de Coca-Cola, Google, Itaú e Guaraná Antartica.
O resultado da pesquisa mostra a prevalência do Facebook como plataforma importante de relacionamento para os usuários: 84% dos respondentes declararam serem participantes ativos da rede social, seguida do Twitter, com 13% das respostas e Linkedin, com 3%. O declínio da preferência do brasileiro pelo Orkut fica evidente: apenas 1% dos entrevistados disse ser membro ativo da rede social da Google.
Para saber mais sobre o estudo, acesse o site.

terça-feira, 6 de março de 2012

O consumidor moderno é um rato de laboratório?

A notícia caiu como uma bomba: a rede de supermercados Target criou secretamente um sistema que previa quando suas consumidoras estavam grávidas, baseado no padrão de compras dessas mulheres. A Target passava então a enviar cupons de descontos para produtos relacionados com o cuidado de bebês. O caso é revelado no livro "The Power of Habit: Why We do What We Do in Life and Business" ("O poder do hábito: porque fazemos o que fazemos, na vida e nos negócios", numa tradução livre), do autor e jornalista Charles Duhigg. O trecho foi publicado em fevereiro pelo New York Times, e causou uma onda de comentários indignados na mídia e na internet.
É claro que a maioria dos consumidores modernos imagina que os varejistas usam tecnologias e métodos científicos para avaliar hábitos de consumo para tornar as compras mais atraentes e personalizadas. Mas casos como o da Target mostram que esses métodos podem se tornar muito invasivos, e podem criar problemas para os consumidores. Duhigg relata que a Target começou a mandar promoções relacionadas com o cuidado de bebês para uma adolescente, antes mesmo que seu pai soubesse que ela estava grávida.
O risco é criar nos consumidores a percepção de que estão sendo tratados como ratos de laboratório. Em várias cidades dos EUA e Europa, assim que os clientes entram nas lojas eles são minuciosamente acompanhados. Seu caminho pelos corredores, o que olham nas prateleiras (mesmo que não peguem o produto), suas reações a promoções e descontos, etc.
Como em um laboratório, os varejistas testam novas estratégias de venda em lojas selecionadas, enquanto as outras lojas permanecem como "grupo de controle". As pressões para aumentar as margens de lucros têm levado os varejistas a ousar mais no uso dessas tecnologias. O consumidor não deve apenas ser levado a comprar um determinado produto -- ele deve gastar mais na loja.
Essa proliferação de técnicas behavioristas, usando um arsenal cada vez maior de câmeras, softwares e analistas humanos, pode criar no consumidor uma reação bastante negativa. Muitos já se perguntam qual é o volume de informações que o varejista capta  e arquiva sobre cada cliente.
Alguns analistas do setor argumentam que as intenções do comerciante não chegam a ser malignas, e são motivadas na maior parte por um mercado cada vez mais competitivo. Com a crise financeira de 2008, essas técnicas ganharam um apelo ainda maior para os varejistas dos EUA e Europa.
Por outro lado, os varejistas se defendem, dizendo que os programas de fidelidade são voluntários, e os consumidores têm sempre a opção de assinalar "opt-out" na maioria dos sites de varejo. Os órgãos públicos e associações de defesa dos consumidores também têm agido para tentar equilibrar o uso de tecnologias comportamentais no varejo.
As análises de comportamento variam de técnicas simples, como contar o número de adolescentes que entram em uma loja depois da escola, até métodos bastante sofisticados -- como câmeras digitais que detectam a direção do olhar de um comprador, fazendo aparecer uma promoção específica em uma tela próxima. Ao avaliar os dados demográficos dos clientes, as lojas podem criar promoções mais adequadas, com maior chance de gerarem vendas.
As lojas e seus fornecedores estão sempre analisando os dados de vendas, usando as informações das próprias lojas e de programas de fidelidade. Boa parte desse volume de dados é fornecido de forma voluntária pelos próprios consumidores, em troca de descontos, pontos, brindes ou vale-compras.
Serviço:
O livro de Charles Duhigg pode ser comprado na Amazon por US$ 16,46 (US$ 12,59 na versão eletrônica)

segunda-feira, 5 de março de 2012

Site reúne os piores anúncios de QR Code

O wtfqrcodes.com reúne os piores lugares e meios já escolhidos para a divulgação de um QR Code, como por exemplo, em um banner sendo puxado por um avião, no metrô onde o sinal do celular não pega, em uma banana, em uma tatuagem, em cima de um cupcake, através de um tradicional homem-placa, entre outros lugares inusitados.
Veja alguns dos exemplos na galeria.