sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Revista 'Vogue' transforma anúncios em "portais" de compras

Segundo reporta Christina Binkley, no Wall Street Journal, a tecnologia móvel está criando novas soluções para o varejo. A 'Vogue' anunciou o lançamento de um aplicativo que transforma os anúncios da revista em uma ferramenta de estilo que funciona como guia de compras e conexão direta entre os anunciantes e os consumidores. Várias marcas de roupas e acessórios poderão turbinar suas vendas diretamente ao consumidor através dessa tecnologia.
O aplicativo, que funciona exclusivamente no iPhone da Apple, permite que os usuários acessem todos os anunciantes da revista, vejam sugestões de tendências e estilo, e possam comprar vários itens exibidos nas páginas da revista.
O aplicativo chama-se "Vogue Stylist", e permite ainda que o usuário tire uma foto de um anúncio da revista impressa, que é convertido automaticamente em um "portal" de compras para a marca.
O aplicativo pode ser usado para exibir peças e acessórios de várias marcas, mostrados na edição atual da revista. O usuário pode pesquisar as roupas e receber sugestões que combinem com seu guarda-roupa atual (com a ajuda de algoritmos computadorizados).

Fabricantes reagem ao crescimento dos rótulos do varejo

As grandes marcas de produto de consumo, como Procter & Gamble, Unilever e General Mills, estão preocupadas com uma tendência em franca expansão no varejo do mundo todo: os rótulos próprios de produtos.
As redes de varejo, em particular os supermercados, estão investindo cada vez mais em produtos com rótulo privado, em linhas de produtos que vão de higiene e limpeza a alimentos e enlatados. Segundo dados da publicação Supermarket News, os varejistas desse setor esperam aumentar de 1% para 5% a participação desses rótulos próprios em seu faturamento total.
Esse tipo de integração tem se mostrado vantajoso para os varejistas e tem registrado boa receptividade entre os consumidores. Os clientes compram produtos com a chancela do supermercado, que tem geralmente qualidade acima da média e bons preços.
Em uma recente conferência do Consumer Analyst Group em Nova York, esses grandes fabricantes (e mais Hershey, Kraft, Heinz, Frito-Lay e outros grupos) prometeram maiores investimentos em publicidade, promoções dentro das lojas, melhor sinalização nas gôndolas, cupons especiais e redesign de embalagens.
A Heinz, por exemplo, aumentou em 40% seus investimentos em marketing no último trimestre, e quase 60% nos últimos quatro anos. A fabricante de chocolates e confeitos Hershey aumentou em 50% seus investimentos, e anunciou um crescimento nesse orçamento entre 25% e 30% este ano, além dos 26% feitos em 2008. Além de novas ações de marketing, publicidade e promoções, a Hershey está fechando parcerias com algumas redes de mercearias e mercados nos EUA, para reformular corredores especificamente para promover seus produtos.
O presidente e CEO da Procter & Gamble, Bob McDonald, disse que a empresa vai aumentar significativamente sua presença na mídia dos EUA este ano, quase dobrando o valor do investimento feito ano passado. A empresa registrou uma queda de 13% no consumo mundial no ano passado, que atingiu US$ 7,6 bilhões. Para atacar esse problema, a P&G pretende lançar vários novos produtos nos próximos meses, como novas fraldas da marca Pampers, novas lâminas Gillette e uma nova linha de produtos para cabelo da marca Pantene. McDonald disse que somente a publicidade durante os Jogos Olímpicos de Vancouver deve gerar 4 bilhões de impressões.
Já a CEO da Kraft, Irene Rosenfeld, disse que a empresa está comprometida em aumentar progressivamente os investimentos de marketing no varejo. A executiva disse que a empresa investiu 6,7% do faturamento de vendas em marketing em 2008, e esse percentual saltou para 7,2% em 2009. O valor das vendas caiu nesses últimos anos, em boa parte devido às variações cambiais. Rosenfeld reforçou que o compromisso da empresa é investir mais em marketing nos pontos de venda, apesar da queda no consumo.
Os grupos General Mills e Kellog, que lideraram os investimentos em promoção de marcas nos últimos dois anos, estão anunciando investimentos mais modestos. Mesmo assim, as duas empresas se declararam comprometidas com mais investimentos em marketing. David MacKay, CEO da Kellog, disse que a empresa investe o dobro que a maioria de suas concorrentes em publicidade.
A Campbell, que recentemente anunciou novas embalagens de suas sopas baseadas em técnicas de neuromarketing, também está investindo no redesenho de gôndolas e comunicações internas de lojas para atrair a atenção dos consumidores. A empresa aposta suas fichas nas sopas instantâneas, com novos produtos com baixo teor de sódio e menos calorias. O marketing da Campbell quer oferecer substitutos para refeições prontas mais calóricas.

Wal-Mart anuncia compra empresa de vídeos online Vudu

Informa o site PAY-TV que a rede Wal-Mart anunciou na segunda-feira, 22, acordo para adquirir a Vudu, cuja tecnologia permite a distribuição de vídeo através da Internet diretamente para TVs e reprodutores de Blu-ray. Os valores financeiros do negócio não foram revelados.
Por meio de comunicado divulgado em seu site, a rede de varejo informou que a operação tende a ser concretizada nas próximas semanas. Com a aquisição da Vudu, o Wal-Mart, que já atua na distribuição de DVDs, deverá entrar no mercado de venda de vídeos on-line.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

O sucesso de Tony Hsieh, que vendeu sua loja online por US$ 1,2 bilhão para a Amazon


Reporta Ralphe Manzoni Jr., na IstoÉ Dinheiro, que Tony Hsieh, CEO da Zappos.com, loja de sapatos online, gosta de começar uma conversa com um interlocutor com uma pergunta inusitada. "Em uma escala de zero a dez, quanto você está feliz agora?" À primeira vista, pode parecer que estamos à frente de mais um guru de autoajuda. Mas não se iluda. Este jovem norte-americano de 36 anos, descendente de chineses, é um dos mais brilhantes e criativos empreendedores dos Estados Unidos. Em 1998, ele vendeu sua empresa de anúncios online LinkExchange por US$ 265 milhões para a Microsoft. No ano passado, o já lendário Jeff Bezos, fundador da Amazon, pagou US$ 1,2 bilhão em ações pela Zappos. Por trás desses negócios está a personalidade de Hsieh (pronuncia-se "xai"), que construiu obsessivamente uma empresa baseada na cultura de prestar o melhor atendimento ao consumidor e engajar os funcionários em um propósito maior. E mais uma vez: não se trata de autoajuda ou de conversa fiada. Quer um exemplo? Depois de contratar um funcionário e treiná-lo por um mês, ele oferece US$ 2 mil para que abandone o emprego. Com isso acredita que está economizando dinheiro, pois aqueles que aceitam a proposta não se encaixariam na cultura da Zappos e não teriam compromisso com a empresa.
Seriam demitidos mais na frente. Mais uma história? Os funcionários não têm roteiro para falar com os clientes por telefone, prática comum em qualquer call center, inclusive nos EUA. A ligação mais longa da Zappos teve duração de quatro horas e ajudou um consumidor que tinha problema de sensibilidade nos pés a escolher um tênis ideal.
Esquisito, não? Mas se você quiser trabalhar na Zappos.com ser um pouco estranho faz parte do ritual. E não há nada de errado nisso. "Não acho que a cultura da Zappos possa ser clonada", declarou Hsieh, em entrevista por e-mail à DINHEIRO.
"Mas acredito que a ideia de ser transparente e tocar o seu negócio baseado em valores, e não apenas em dinheiro e lucro, possa funcionar para qualquer organização."

veja o restante da reportagem aqui.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Walmart é a marca mais valiosa do mundo

Reporta Jonas Furtado, no M&M Online, que a rede Walmart foi considerada a marca mais valiosa do mundo segundo estudo da Brand Finance, consultoria independente com sede em Londres e escritórios em mais 17 países, incluindo o Brasil. A marca da rede varejista americana foi avaliada em US$ 41, 4 bilhões, um incremento de 1,8% em comparação a 2009.
A segunda colocação do ranking das 500 marcas mais valiosas do mundo ficou com o Google. Avaliada em US$ 36,2 bilhões, a gigante da Internet ganhou três posições em relação a 2009, deixando para trás a Coca-Cola, a IBM e Microsoft, que completam o Top 5 da lista.
Outro destaque do ranking é o aumento de empresas brasileiras: são 8 em 2010, contra 6 em 2009. O Bradesco é a mais bem posicionado. O banco subiu da 75ª colocação para a 42ª, com sua marca avaliada em 13,2 bilhões. Também aparecem na lista o Banco Itaú (115º), o Banco do Brasil (117º lugar), a Petrobrás (147º), a Oi (196º), a Vivo (194º), a Gerdau (437 º) e a Vale (486º).

Compra on-line via celulares movimentarão US$ 119 bilhões em 2015

Segundo informa o TI Inside Online, os gastos mundiais dos consumidores com a compra de produtos e serviços por meio de telefones celulares devem totalizar US$ 119 bilhões em 2015, cifra que responderá por 8% do total movimentado pelo comércio eletrônico naquele ano, estima estudo da ABI Research.
Segundo a empresa de pesquisas, as compras móveis on-line estão ganhando massa crítica e tendem a avançar rápido nos próximos anos. Apenas nos Estados Unidos, enfatizou a consultoria, as compras on-line por meio de celulares saltaram de US$ 396 milhões, em 2008, para US$ 1,2 bilhão no ano passado.

Lucro global do Carrefour cai 70%

Segundo nota do Meio & Mensagem, a rede Carrefour divulgou nesta sexta-feira, 19, o balanço de seu faturamento relativo ao ano de 2009, que aponta uma queda de 70% em seu lucro líquido.No ano passado, a companhia faturou um montante de € 385 milhões (US$ 523.215.000). Por conta da queda nos resultados, a rede - que ocupa a segunda posição entre as corporações supermercadistas no mundo, ficando atrás apenas do Walmart - declarou que o foco em 2010 será a geração de caixa e a redução dos estoques.
O Carrefour também anunciou que terá como prioridade expandir os seus negócios nos países emergentes, com destaque para o Brasil, China e Índia.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

E-commerce sofre primeira queda nos EUA

Segundo nota do Meio&Mensagem, a recessão norte-americana conseguiu uma proeza em 2009. Pela primeira vez desde que começou a ser mensurado, o e-commerce sofreu sua primeira queda. Os setores do varejo e do turismo online fecharam o ano passado com faturamento de US$ 209,6 bilhões, cerca de 2% menos que o obtido em 2008. O declínio, porém, foi menor que o varejo tradicional, com o aumento da participação virtual no share total do segmento nos EUA.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

O iPad da Apple e o varejo -- parte 2

Apesar de algumas limitações, o iPad é um netbook perfeito, com diversas funções interessantes. Vejamos 10 motivos que podem tornar o iPad em um grande sucesso entre usuários comerciais:
1: Email. O aplicativo de email do iPad permite a conexão com o Microsoft Exchange, que é usado pela maioria das pequenas empresas em suas redes. Além disso, o email do iPad também é compatível com várias outras plataformas de email.
2: Internet. Os modelos básicos do iPad usam conexão sem fio no padrão 802.11 a/b/g/n. Há também modelos com conexão 3G, compatíveis com redes UMTS, HSDPA, GSM, e EDGE. Com isso, os usuários poderão acessar aplicativos em "cloud", email, VPNs e outros sistemas de dados. Isso torna o iPad bastante útil para equipes de vendas, consultores, empreiteiros, profissionais de saúde, engenheiros de campo, etc.
3: Facilidade de uso. A interface Multi-Touch do iPad permite o reconhecimento preciso de toques. É possível abrir pastas, dar zoom em imagens e textos, virar páginas e várias outras ações com gestos simples e intuitivos. O aparelho ainda está entre os netbooks mais finos e leves, e sua bateria pode aguentar até 10 horas entre recargas.
4: Teclado integrado. O iPad tem um teclado na própria tela (que tem 9,7 polegadas). Essa função torna prático o uso em vários ambientes, quando o usuário estiver em trânsito. Devido ao seu tamanho, o teclado na tela é bem mais fácil de usar que os teclados de celulares e smartphones. Para aqueles que preferem usar teclados reais, o Apple dispõe de conexão Bluetooth, assim é possível conectar o periférico sem cabos.
5: Aplicativos, muitos aplicativos. O valor de uma plataforma pode ser medido pelo número de aplicativos criados por terceiros. Programas criados para o iPhone também vão funcionar no iPad. A Apple também deve lançar um kit de desenvolvimento para o iPad, o que deve gerar uma grande quantidade de novos aplicativos específicos. Atualmente existem cerca de 140.000 aplicativos diferentes para o iPhone, com quase 3 bilhões de downloads.
6: iWork. O pacote iWork da Apple roda com facilidade no iPad. O conjunto de ferramentas inclui o Keynote para gerar apresentações, o Page para criar documentos e o Numbers que permite a criação de planilhas. E o iWork terá uma conexão com os programas do Microsoft Office, permitindo a conversão de formatos.
7: iBooks. O iPad vai mexer profundamente com o mercado de livros eletrônicos. Até agora, esse setor era dominado pelo Kindle da Amazon, com mais alguns aparelhos similares correndo por fora. O iPad tem o aplicativo iBook, que permite a compra e download de livros. Com a vantagem de exibir imagens em cores e com melhor iluminação.
8: Agenda e calendário. O iPad tem uma versão melhorada do programa Calendar. Como no iPhone, o programa organiza compromissos e eventos por dia, semana e mês. Mas no iPad, é possível abrir várias agendas ao mesmo tempo, o que permite o gerenciamento de tarefas para equipes.
9: Contatos. O aplicativo Contacts do iPad permite o gerenciamento simples de contatos e listas. A conexão sem fio facilita muito a sincronização de dados. E quando o usuário estiver procurando a localização de um cliente, um toque no endereço abre o aplicativo Maps -- algo útil para vendedores, corretores e outros profissionais em trânsito.
10: Preço. O iPad básico será vendido nos EUA por US$ 499. No Brasil ainda não previsão de preço, mas estima-se que fique bem mais salgado. Mas a tendência é de queda, quando forem lançadas novas versões do aparelho.

Varejo otimista no 1o. trimestre, aponta pesquisa

Reporta Aline Bellatti Küller, no Meio & Mensagem, que os resultados da "Pesquisa Trimestral de Intenção de Compra no Varejo", revelam que os consumidores seguem confiantes neste início do ano, com a expectativa de crescimento de 10,6% no primeiro trimestre de 2010 em relação ao mesmo período do ano passado e um aumento de 0,2% no confronto com números do quarto trimestre 2009.
Segundo a pesquisa, os itens de Cine e Foto tiveram intenção de compra de 14%, seguido por Informática com 13,2% e Telefonia e Celulares com 12%, quando comparado os dados dessa categoria com o primeiro trimestres de 2009. Já quando os números traçam um paralelo com o último trimestre, a intenção de compras apresenta aumento para eletroportáteis (46,2%), material de construção (32,5%), automóveis (26,7%), telefonia e celulares (13,2%), móveis (6,4%), informática (3,1%) e linha branca (2%).
E-commerce
O estudo também analisou a "Intenção de Compras pela Internet", que mostrou 86% dos entrevistados afirmando que pretendem comprar pelo menos um item dos segmentos consultados. No ano passado, a linha branca foi a responsável por puxar o ticket médio do comércio eletrônico e continua com boas perspectivas para este ano. O ticket dos eletrodomésticos deve ficar em R$800,00.

Vendas pela internet cresce 3% nos EUA

A comScore, líder em mensuração digital no mundo, divulgou nesta terça-feira (09) o balanço do 4º trimestre de 2009 de vendas e-commerce nos EUA. No período, o país movimentou US$ 39 bilhões na modalidade, tendo um crescimento de 3% em consideração ao mesmo período do ano anterior.
Já durante o último ano, o valor de gastos com compras pela internet foi de US$ 129,8 bilhões, total ligeiramente abaixo do ano anterior, quando foram gastos US$ 130,1 bilhões.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

NEC cria display que identifica idade e gênero do consumidor

Reporta Roger Cheng, no Wall Street Journal, que a NEC lançou um painel eletrônico de publicidade que é capaz de identificar idade e sexo das pessoas que passam diante dele, o que permite uma avaliação mais precisa da audiência potencial do anúncio.
A NEC vende painéis de tela plana que exibem anúncios em ambientes como lojas, aeroportos e outras áreas de grande movimento. A empresa também produz softwares que gerenciam e distribuem os anúncios para esses painéis.
O novo sistema usa uma câmera embutida no monitor, que grava constantemente o fluxo de pessoas que passam diante do painel. O software calcula a idade aproximada das pessoas, com precisão de mais ou menos 10 anos. A tecnologia foi desenvolvida no Japão, onde a população tem aparência mais uniforme, facilitando o cálculo da idade. A empresa terá que aperfeiçoar o programa para fazê-lo funcionar corretamente em ambientes com diversas etnias.
Os consumidores também podem se ressentir de terem suas imagens sempre gravadas por painéis de propaganda, o que pode ser entendido como uma violação da privacidade. A NEC argumenta que o sistema foi criado para manter as pessoas anônimas, identificando apenas idade e gênero.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Ponto Frio lança novo aplicativo no iPhone

Informa o site Adnews, que a DM9DDB criou um aplicativo para os consumidores do Ponto Frio usarem em seus iPhones.No site da APP da AppStore Brasil http://itunes.apple.com/us/app/ponto-frio/id352549967?mt=8, o consumidor faz o download gratuito do aplicativo. Via GPS, o aplicativo identifica a loja mais próxima do consumidor, oferece um desconto especial naquela unidade, e permite que o usuário faça uma ligação direta para a loja para uma compra virtual ou traça uma rota até a unidade.
Com este aplicativo, o Ponto Frio entra de vez na era da comunicação convergente em que diversas mídias e tecnologias são usadas em prol de oferecer serviço e conteúdo exclusivo para o consumidor.

Casas Bahia tem sucesso com loja online

Segundo nota do Adnews, a loja virtual da Casas Bahia atingiu a meta traçada quando de seu lançamento, em fevereiro de 2009. O site responde, hoje, por 1,5% do faturamento total da rede, consolidado em R$ 13 bilhões em 2009. Com mais de 4 mil itens a venda, a loja virtual ocupa o 4º lugar em visitação entre as e-lojas de varejo segundo pesquisa realizada pela Hitwise e divulgada pela Serasa Experian em dezembro de 2009.
A posição foi alcançada pelo registro mensal de mais de 4,7 milhões de visitantes, o que resultou em mais de 52 milhões de acessos no ano, com mais de 500 milhões de pageviews. O crescimento exponencial dos visitantes também trouxe 300% de aumento no número de pedidos, durante o período.

Procter & Gamble vai vender produtos diretamente via internet

Reporta Adriana Mattos, na IstoÉ Dinheiro, que a Procter & Gamble vai começar a vender, a partir do final de fevereiro, seus produtos em uma página própria da internet. Significa que, em vez de ir a um supermercado para comprar itens como a lâmina de barbear Gillette, o sabão em pó Ariel e o xampu Pantene, o cliente entra no site www.pestore.com (marca registrada pela empresa e que deve ser o canal de vendas online da companhia) e faz ali o seu pedido. Depois, recebe a encomenda em casa, pelo Correio.
Segundo a companhia, o endereço eletrônico vai ao ar até o final de fevereiro. Por enquanto, apenas os americanos poderão usar o sistema para levar os artigos da P&G para casa, mas a ideia é ampliar o serviço para todos os mercados em que a corporação está presente, inclusive o Brasil. É a primeira vez que uma gigante que fabrica itens de consumo vai vender seus produtos diretamente pela internet. Se o projeto vingar, pode representar uma reviravolta no comércio varejista mundial.
Na prática, isso significas que a P&G deixa de ser apenas fornecedora para ser concorrente de grandes redes varejistas, como Walmart, Carrefour e, no caso brasileiro, também o Pão de Açúcar. Segundo especialistas do setor, as redes de supermercados ficarão incomodadas com o fato de a indústria se aproximar, com um olhar tão sequioso, da seara dos varejistas. "A Procter vai precisar de muito cuidado para não passar por cima e pisar nos calos dos varejistas", disse David Garfield, analista da consultoria AlixPartners.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

O iPad da Apple e o varejo

Na semana passada, Steve Jobs, o todo-poderoso da Apple, apresentou o novo aparelho da empresa, o muito aguardado "tablet computer" iPad. Em resumo, trata-se de um computador de mão muito leve, com vários recursos multimídia e a chancela da marca Apple, que lançou produtos revolucionários como o Macintosh, o iPod e o iPhone. Além disso, o produto deve chegar ao mercado (dos EUA) por um preço relativamente baixo, entre US$ 500 e US$ 800. Analistas do setor de tecnologia estimam que a Apple poderá vender cerca de dois milhões de unidades do iPad em 2010, talvez mais com as possíveis reduções de preço no segundo semestre e para a temporada de final de ano. No próximo ano, as vendas podem superar cinco milhões de unidades.
Apesar de sofrer algumas críticas (como o fato de não ter uma câmera embutida), o iPad tem imenso potencial para transformar setores inteiros da economia. Em primeiro plano estão as empresas de mídia, que aguardavam o lançamento da Apple como um "Santo Graal", um gadget capaz de resolver o dilema de como faturar com conteúdos digitais. Se a loja de conteúdos iTunes for um bom indicador, as empresas de música e vídeo poderão ganhar um bom dinheiro fechando parcerias de conteúdo com o iPad.
Mas seria interessante examinar o impacto do iPad em outras indústrias, em particular o varejo. Nesse setor, o iPad pode ter aplicações extremamente interessantes e rentáveis, além de permitir grande economia em várias operações.
Se considerarmos o iPad como um "super-iPhone", um smartphone com mais recursos de software e tela maior (quase 10 polegadas), esse aparelho abre imensas possibilidades para ações no varejo, tanto na mão dos consumidores como dos próprios varejistas.
Smartphones como o iPhone e similares se tornaram o laboratório ideal de uma grande variedade de ações de marketing, promoções, parcerias, cupons digitais, pagamentos eletrônicos, etc. Uma das poucas desvantagens dos smartphones é que a tela é geralmente pequena, entre 3 e 5 polegadas. O iPad é um upgrade dessa plataforma móvel, que poderá ser carregado facilmente por consumidores em bolsas, pastas e mochilas. Com conexão sem fio à Internet e recursos já padronizados como GPS e Bluetooth, esses aparelhos poderão facilmente localizar ofertas especiais baseadas em localização e horário. Um consumidor que estiver próximo de uma loja poderá receber um cupom de desconto para uma liquidação relâmpago, ou uma promoção especial em um café ou restaurante. E do mesmo modo que ocorre com vários smartphones, o consumidor poderia usar o iPad para completar uma compra ou transação financeira.
Essa primeira versão do iPad pode não ter sensores de presença ou RFIDs, mas é lógico supor que as próximas versões vão incluir todas as comodidades que definem a chamada "internet de objetos". Com isso, os usuários do iPad poderão se cadastrar para receber promoções especiais quando estiverem próximos do estabelecimento comercial, comparar preços lendo códigos de barras e códigos QR e completar transações de cartão de crédito e débito simplesmente aproximando o aparelho do caixa.
Em ações de marketing, o iPad poderá aproveitar sua tela maior para exibir anúncios e cupons mais atraentes. Um dos grandes fatores de sucesso do iPhone é que terceiros podem desenvolver aplicativos ("apps") específicos para o aparelho, com funções específicas. Só esse setor de apps é responsável por uma explosão econômica.
Do outro lado do balcão, o iPad poderia substituir uma grande variedade de aparelhos atualmente usados pelo varejo. Aplicativos especialmente desenvolvidos poderiam transformar o iPad em uma ferramenta de back-office, para controle de estoques e gerenciamento de atividades administrativas. Também poderá ser usado como equipamento de atendimento ao cliente no espaço da loja, auxiliando funcionários na consulta rápida de itens e características de produtos, podendo até facilitar o fechamento de compras.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Entrega gratuita se torna estrela do e-commerce

Diante do excelente resultado do e-commerce no final de ano nos Estados Unidos, é possível identificar um fator decisivo para o grande volume de vendas: tiveram melhores resultados os sites que ofereceram entrega gratuita das compras, ou entregas a preços muito reduzidos. Os consumidores adoram entregas gratuitas, e não é para menos. Um novo estudo da Compete Online Shopper mostra que o custo de entrega não apenas é crítico na decisão de compras, como também causa um forte impacto na satisfação do consumidor.
A tendência do e-commerce oferecer entregas gratuitas já existe há alguns anos nos EUA, mas se fortaleceu muito com a crise de 2008-2009. O varejo foi um dos setores mais atingidos pela crise: a população com menos dinheiro devido a demissões e cortes nos salários passou a consumir com mais prudência e planejamento. Cada centavo passou ser importante nas compras. Em 2008, a temporada de final de ano no varejo (tanto tradicional como online) ficou muito abaixo das expectativas. Em 2009, o setor repensou suas estratégias e aproveitou os primeiros sinais de recuperação econômica para lançar campanhas promovendo a entrega gratuita como uma das principais vantagens. E funcionou muito bem: o período de compras de novembro a dezembro do ano passado foi um dos melhores da história do e-commerce, com mais de 15% de crescimento.
Em compras de valor pequeno, a taxa de entrega pode superar 25% do total da compra, o que causa uma reação negativa no consumidor. Oferecer entregas gratuitas ou com grandes descontos, por outro lado, faz a loja online ganhar muitos pontos positivos com o consumidor.
De acordo com a pesquisa, a maioria esmagadora dos compradores disse que a entrega gratuita é um fator decisivo na hora de escolher o site para compras. Para os lojistas online, oferecer entregas grátis pode significar milhões em novas vendas. Algumas conclusões do estudo da Compete Online Shopper:
• 93% dos entrevistados disseram que a entrega gratuita de mercadorias estimularia a comprar mais itens online.
• Dois em cada três consumidores disseram que comprariam mais se as trocas e devoluções também fossem gratuitas.
• Quando perguntados sobre as compras mais recentes via Internet, o índice geral de satisfação do cliente era 10 pontos menor para os sites que cobram a entrega, em comparação com aqueles que oferecem entregas gratuitas.
• Custo elevado de entrega foi apontado como a principal razão para a insatisfação com a experiência de compras em um site.
• 67% dos consumidores que pesquisam preços na web disseram que muitas vezes compram itens em lojas físicas para evitar os custos de entrega.
• 65% dos entrevistados disseram que procuram sites com a opção "retirar mercadoria na loja", pelo mesmo motivo.
Em resumo, a pesquisa detectou que os consumidores preferem comprar em sites de e-commerce que oferecem entregas grátis -- assim, os varejistas online com estrutura para oferecer essa vantagem estão em melhor posição. É claro que nem todos os varejistas online podem oferecer entregas gratuitas. Na verdade, mesmo nos Estados Unidos apenas algumas poucas empresas estão preparadas para oferecer essa vantagem ao consumidor sem ficar no prejuízo. Oferecer entrega gratuita de compras requer um alto investimento de tempo e dinheiro. Lojas que vendem produtos com pequena margem de lucro (como aparelhos eletrônicos) terão ainda mais dificuldade em implementar essa função.
Algumas lojas cobram uma taxa fixa (e relativamente baixa) em todas as compras. Outras oferecem entrega gratuita apenas quando a compra supera um determinado valor. Outro caminho é fazer uma parceria de marketing com um fornecedor, para dividir os custos da entrega. A pesquisa mostrou que muitos sites estão testando sistemas de entregas gratuitas agora, de olho em vendas melhores no final de 2010.