Pesquisa realizada pelo Programa de Administração de Varejo da Fundação Instituto de Administração (FIA) revela que, somente em 2012, o setor de varejo teve prejuízo de R$ 1,7 bilhão. De acordo com a Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil, a tecnologia é uma aliada importante para o varejo enfrentar um dos problemas que mais preocupa o setor: as perdas. Problemas recorrentes, como a chamada quebra operacional e os furtos, podem ser contornados com a adoção de ferramentas como o código de barras e o controle por radiofrequência. Para se ter uma ideia do tamanho do prejuízo, as empresas deixaram de ganhar R$ 1,7 bilhão somente em 2012, o equivalente a 1,83% do faturamento bruto do setor – R$ 98 bilhões. É o que revela pesquisa elaborada pelo Programa de Administração de Varejo da Fundação Instituto de Administração (Provar/Fia). Este percentual é o maior desde 2008.
No caso dos supermercados, a quebra operacional é a responsável pela maior parte das perdas. Isso inclui mercadorias que sofrem avarias durante a movimentação, acondicionamento inadequado, prazo de validade expirado e deterioração de perecíveis, por exemplo – o equivalente a 33,4% do total. O mesmo acontece no setor de construção, com 35,7% do prejuízo com quebras operacionais.
Uma alternativa eficaz para evitar esse tipo de problema é o código de barras GS1 DataBar, que ganha cada vez mais adeptos no varejo. A tecnologia possibilita a identificação de produtos com espaço limitado, com melhor desempenho de leitura e capacidade de incluir informações adicionais como números de série e lote e vencimento. Esse é um benefício para a gestão do varejo e também para a segurança dos clientes. “Assim, quando o consumidor passa pelo caixa do supermercado, se o produto estiver com o prazo vencido, o alerta será dado na tela do computador”, explica o presidente da Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil, João Carlos de Oliveira.
Itens como cosméticos, componentes eletrônicos e de telecomunicações, ferragens, joias, entre outros, poderão ser facilmente identificados pelo código graças a suas dimensões reduzidas. No caso de frutas legumes e vegetais (FLV) e o de itens de pesos variáveis (carne, aves, peixes, padaria, embutidos, frios), por exemplo, o principal ganho é o controle do prazo de validade.
Para a questão dos roubos, fator que atinge a todos os setores pesquisados, mas é mais preocupante no setor têxtil, a identificação por radiofrequência (RFID, na sigla em inglês) é apontada com uma das alternativas mais promissoras. Segundo o Provar, 81% do total de empresas de vestuário declararam ter uma equipe interna apenas para evitar os prejuízos com furtos, principalmente camisas polo, blusas, vestidos, calcinhas e meias, que são os itens mais visados.
A implantação do código eletrônico de produtos (EPC), em combinação com os sistemas antifurto EAS (Electronic Article Surveillance, ou vigilância eletrônica de artigos) e com a tecnologia de identificação por RFID resulta benefícios importantes, entre eles o nível de acuracidade de estoque de 95% e melhoria de desempenho operacional. O EPC viabiliza uma série de aplicações como inventário semanal ou diário e controle de autenticidade. A implantação do EPC pode reduzir significativamente o furto na cadeia de suprimentos e aumentar a competitividade das companhias que usam a tecnologia.
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sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014
sexta-feira, 19 de abril de 2013
Redução de preços pode estimular adoção dos RFIDs
Reporta George Anderson, no Retail Wire, que durante muito tempo o setor de varejo teve restrições em adotar a tecnologia de etiquetas com radiotransmissores (RFID), devido ao alto preço -- especialmente nas etiquetas individuais de produtos nas prateleiras.
Porém, nos últimos 18 meses o preço das etiquetas teve uma queda de 40%, ficando entre 7 e 12 cents de dólar -- até menos em função do tipo e do volume de etiquetas. Já o hardware teve queda de 30% no preço nos últimos dois anos.
O uso dos RFIDs no varejo está evoluindo em paralelo com a curva de preços, e está claro que muitas categorias não exigem o uso das etiquetas eletrônicas. Em outras, o RFID é uma ferramenta essencial para controlar estoques e impedir furtos. As lojas de roupas são as grandes usuárias das etiquetas com radiotransmissores: só nos EUA, mais de um bilhão de itens de vestuário foram etiquetados com RFIDs em 2012, segundo dados da ChainLink Research.
O uso das etiquetas permite que os varejistas visualizem seus estoques, programem a logística e distribuição interna, façam encomendas aos fabricantes, etc.
Porém, nos últimos 18 meses o preço das etiquetas teve uma queda de 40%, ficando entre 7 e 12 cents de dólar -- até menos em função do tipo e do volume de etiquetas. Já o hardware teve queda de 30% no preço nos últimos dois anos.
O uso dos RFIDs no varejo está evoluindo em paralelo com a curva de preços, e está claro que muitas categorias não exigem o uso das etiquetas eletrônicas. Em outras, o RFID é uma ferramenta essencial para controlar estoques e impedir furtos. As lojas de roupas são as grandes usuárias das etiquetas com radiotransmissores: só nos EUA, mais de um bilhão de itens de vestuário foram etiquetados com RFIDs em 2012, segundo dados da ChainLink Research.
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quarta-feira, 21 de julho de 2010
Etiquetas com RFIDs contam histórias de produtos doados
Uma aplicação bastante interessante da tecnologia de etiquetas com microtransmissores de rádio (RFIDs) é o projeto britânico Remembe Me, uma parceria entre o TOTeM (Tales of Things and Electronic Memory, Histórias das Coisas e Memória Eletrônica) e a organização Oxfam.
O projeto pediu que as pessoas que doaram itens para a loja beneficente da Oxfam em Manchester gravassem o histórico do objeto com um microfone, incluindo detalhes e casos interessantes relacionados ao item. Os audioclipes foram lincados com uma etiqueta RFID e código QR, que fazem parte de cada item em exibição. Quando um comprador aproxima seu smartphone da etiqueta, o sistema acessa o clipe de som e a pessoa pode ouvir as histórias, na voz dos donos originais dos objetos.
O conceito faz com que as pessoas deixem de pensar em um produto exposto na loja em termos puramente financeiros -- neste caso específico, levando à reflexão sobre seu valor sentimental. A idéia pode ser expandida (e muito) para outras iniciativas de varejo.
Por exemplo, etiquetas RFID poderiam contar sobre a origem de produtos artesanais, sobre as comunidades que os produzem, sobre a consciência social e ambiental dos produtos. Isso aumentaria a percepção de valor dos itens.
Esse conceito também é usado na loja japonesa de segunda mão Pass The Baton, onde os produtos incluem histórias sobre os donos originais dos itens.
Veja abaixo um vídeo sobre o uso de RFIDs no projeto Remember Me:
O projeto pediu que as pessoas que doaram itens para a loja beneficente da Oxfam em Manchester gravassem o histórico do objeto com um microfone, incluindo detalhes e casos interessantes relacionados ao item. Os audioclipes foram lincados com uma etiqueta RFID e código QR, que fazem parte de cada item em exibição. Quando um comprador aproxima seu smartphone da etiqueta, o sistema acessa o clipe de som e a pessoa pode ouvir as histórias, na voz dos donos originais dos objetos.
O conceito faz com que as pessoas deixem de pensar em um produto exposto na loja em termos puramente financeiros -- neste caso específico, levando à reflexão sobre seu valor sentimental. A idéia pode ser expandida (e muito) para outras iniciativas de varejo.
Por exemplo, etiquetas RFID poderiam contar sobre a origem de produtos artesanais, sobre as comunidades que os produzem, sobre a consciência social e ambiental dos produtos. Isso aumentaria a percepção de valor dos itens.
Esse conceito também é usado na loja japonesa de segunda mão Pass The Baton, onde os produtos incluem histórias sobre os donos originais dos itens.
Veja abaixo um vídeo sobre o uso de RFIDs no projeto Remember Me:
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