segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Mulheres usam mais o cartão de crédito do que os homens

Pesquisa da Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços), conduzida pelo Instituto Datafolha, mostra que as mulheres usam mais o cartão de crédito do que os homens, que preferem o cartão de débito. Segundo o estudo, realizado em 11 capitais brasileiras nos meses de junho, julho e agosto deste ano, 70% das mulheres que possuem algum meio eletrônico de pagamento costumam pagar por produtos, alimentos e serviços com o cartão de crédito. Entre os homens, a fatia é de 65%.
Em relação à preferência, as opiniões também são distintas: 31% das brasileiras preferem fazer compras com o cartão de crédito, contra 22% dos homens. A situação praticamente se inverte quando o assunto é cartão de débito: 23% entre as mulheres e 30% entre os homens. Curiosamente, em relação à posse de cartão, são eles que levam vantagem, com 74%. No caso das mulheres, 71% possuem algum tipo de cartão.
Os itens que os portadores de cartão, tanto homens quanto mulheres, mais adquirem com meios eletrônicos de pagamento encontram-se nos grupos: roupas, calçados e joias; bens duráveis para a casa; e estadias de hotéis e pousadas, com 68% cada. Em seguida vem a compra de passagens (64%), material para construção (61%), combustível (57%) e produtos alimentícios (54%).

Preços em sites de compras na internet sobem 0,7% em outubro

Segundo nota da Folha.com, o preço dos produtos à venda em sites da internet subiu 0,7% em outubro, após dois meses de índices negativos em agosto e setembro. Os itens que mais puxaram a alta dos preços foram das categorias "cine e foto" (2,5% de aumento), "linha branca" (2,2%) e "livros" (1,6%).
Outras categorias que tiveram alta de preços, segundo o índice e-Flation, foram "perfumes e cosméticos" (alta de 1,3%), "eletroeletrônicos" (0,7%) e "brinquedos" (0,2%).
Ajudaram a frear a inflação em outubro os itens de "telefonia e celulares" (queda de 2,9%), "CDs e DVDs" (1,6%), "medicamentos" (0,4%), "eletroportáteis" (0,2%) e "informática" (0,1%).
O e-Flation, indicador da FIA (Fundação Instituto de Administração), tem como proposta monitorar as variações dos preços de produtos ofertados on-line, acompanhando as tendências no mercado de consumo pela internet.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Sites de compras coletivas desrespeitam consumidor, diz Idec

Reporta Ricardo Zeef Berezin, no IDG Now!, que uma pesquisa divulgada este mês pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) destaca que os quatro maiores sites de compras coletivas do País – Groupon, Peixe Urbano, Clickon e Groupalia – recorrem frequentemente a práticas ilegais. Foram encontrados problemas em toda a cadeia da atividade: desde os termos de uso acordados a falhas na entrega dos produtos.
O agrônomo Kemel Kalif, por exemplo, relatou ao Idec a compra de um tablet por 249 reais, realizada há quatro meses pelo Clickon, mas que nunca chegou a sua casa. Ele tentou contatar, em vão, tanto o portal como a loja responsável pelo produto, a Compre Direto da China.
“Registrei, então, queixa no site Reclame Aqui e descobri que havia inúmeras denúncias contra o fornecedor. Continuei pesquisando e verifiquei que a mesma empresa atua com outros nomes fantasia e que há indícios até de estelionato”, disse. "Ele (Clickon) não verifica a idoneidade dos fornecedores”, acusa.
Já o Groupon e o Peixe Urbano desrespeitam o código do consumidor tão logo são visitados. Eles pedem para que o internauta cadastre seu e-mail antes de exibir os termos de uso e a política de privacidade e, quando estes aparecem, a opção de consentimento já está selecionada, o que, segundo Guilherme Varella, advogado do instituto, “desrespeita a autonomia do consumidor e sua liberdade de escolha”.
Veja a reportagem completa aqui.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Tecnologia usa luz solar para iluminar lojas

A empresa Sola-Brite criou um sistema muito interessante que capta luz solar no telhado e usa tubos com revestimento espelhado para iluminar ambientes, como luminárias de teto. Alguns modelos permitem o controle da entrada de luz por controle remoto, e exaustores para áreas fechadas como banheiros ou depósitos.
O sistema permite uma boa economia de energia durante o dia, mesmo com tempo nublado.
Veja abaixo um vídeo demonstrando o uso do sistema:


Sola Brite Tube Skylights from Kathy & Michael Rain on Vimeo.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Novo sistema de RFID mapeia conteúdo da loja

Em um artigo para a revista especializada Retail Information Systems, Marshall Kay e John-Pierre Kamel (diretores da RFID Sherpas) chamam a atenção para uma interessante evolução do uso das etiquetas com microtransmissores de rádio pelo varejo.
Chamada de "Hands Free RFID", a nova tecnologia seria uma combinação inteligente entre as caras etiquetas "ativas" e os chamados RFIDs "passivos", que são bem mais baratos.
A empresa que está na vanguarda desse novo sistema é a Mojix. A solução da Mojix parece se adequar à maioria dos espaços de varejo, onde há um número considerável de mercadorias em exposição ou em estoque. A empresa está testando o sistema "Hands Free" com vários comerciantes nos EUA.
Definição
A solução "Hands Free RFID" permite a visualização contínua de todos os itens em exposição dentro do espaço da loja, com a capacidade de localizar com precisão a localização de qualquer mercadoria individual, de modo automático e sem a necessidade de intervenção humana. Essa tecnologia tem o potencial de oferecer uma grande precisão de dados de estoque e uma maior visibilidade de dados do que os atuais sistemas de RFIDs.
A maioria dos varejistas usa hoje uma combinação de aparelhos leitores de mão e sensores montados em paredes, ou apenas os equipamentos de mão. Os funcionários usam os aparelhos portáteis para fazer checagens regulares, registrar a chegada de novas mercadorias e para procurar dados específicos em meio ao estoque. Nenhuma dessas aplicações pode ser chamada de "Hands Free" -- "sem usar as mãos", numa tradução livre.
A solução "Hands Free" vai além da eliminação dos leitores de mão. Mesmo o uso estratégico de antenas de RFID em vários pontos da loja (entradas de clientes, portas de serviço, estoques, provadores, pontos de venda, etc.) não se encaixa nesse novo tipo de tecnologia. Esses métodos não oferecem o mesmo nível de eficiência e visibilidade da solução Hands Free.
As vantagens da solução Hands Free são muitas:
1.    Confiabilidade das Informações: a qualidade dos dados gerados quando os funcionários checam a loja de modo regular pode ser afetada se a equipe não souber usar os aparelhos de mão de modo apropriado.  Às vezes, uma simples mudança de posição do aparelho pode causar uma falha na leitura de dados dos itens em uma prateleira.
2.    Identificação rápida e simples dos itens fora de estoque. Com a solução Hands Free, é possível repartir as áreas da loja em vários setores menores, que podem ser monitorados individualmente o tempo todo. Com isso, o varejista pode criar meios mais rápidos e práticos para repor os estoques.
3.    Proteção contra furtos. A tecnologia Hands Free cria uma barreira eficiente para os furtos internos. Os métodos que dependem de aparelhos de mão ainda abrem a possibilidade para golpes, tanto de funcionários como de clientes.
4.    Maior visibilidade sobre a movimentação de produtos. A tecnologia Hands Free dá aos varejistas uma visão geral da movimentação física das mercadorias, em seu trânsito pelas diversas áreas da operação comercial -- da chegada ao estoque até a venda final. Esses dados podem ser combinados com as imagens de vídeo das câmeras de segurança da loja para identificar possíveis atividades criminosas, ou identificar tendências que podem ajudar a prevenir delitos. A visibilidade do trânsito de mercadorias com os RFIDs pode também ajudar o varejista a projetar padrões de compras dos clientes.

Imaginarium se torna referência no varejo de objetos de design

Reporta Rosenildo Gomes Ferreira, na IstoÉ Dinheiro, que a marca, que se tornou sinônimo de produtos de consumo com uma pegada de design no País, deve fechar o ano com faturamento de R$ 110 milhões, montante 22% maior que o obtido em 2010. Prestes a completar a maioridade, a rede se prepara para dar seu salto mais ambicioso: abrir 100 pontos de venda até 2015 e atingir vendas de R$ 235 milhões. O que deve representar um investimento global estimado em R$ 40 milhões. Boa parte das unidades será no modelo compacto, com 35 m² de área, e terá como foco as cidades com cerca de 150 mil habitantes. Uma delas é Sete Lagoas, na  Grande  Belo Horizonte. “O que faz da Imaginarium uma rede única é nossa aposta no conceito de fun design, que mescla criatividade, leveza e funcionalidade, além da constante inovação”, diz o co-fundador João Sebastião Rosa, mais conhecido por Tião. 
No casarão onde nasceu o primeiro empreendimento de Rosa, em 1991, um misto de bar, loja de objetos de decoração e floricultura, funciona o quartel-general da companhia. O cérebro da operação é o departamento de design, onde 14 técnicos dão expediente diariamente. Lá, são concebidos 360 produtos por ano. O projeto é, então, repassado aos fabricantes parceiros incumbidos da produção. São 120 na China e 80 no Brasil. Com isso, a marca consegue manter um ritmo constante de lançamentos, o que possibilita a renovação das vitrines das lojas a cada 25 dias. Trata-se de uma característica importante para uma grife cultuada, principalmente, por mulheres de até 30 anos.  “Esse público gosta de novidade”, afirma o consultor Luiz Henrique Stockler,  diretor da Stockler, especializada em gestão de varejo e franquias. “E a Imaginarium soube fazer desse componente um de seus diferenciais competitivos.”
Veja a reportagem completa aqui.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Hypermarcas vende Assim para a JBS

Segundo nota do Meio & Mensagem, a Hypermarcas confirmou nesta segunda-feira 24, por meio da publicação de fato relevante, a venda da marca de sabão de pó Assim e de outras cinco marcas (Sim, Gato, Fluss, Sanifleur e Mat Inset) para a Flora Produtos de Higiene e Limpeza, que pertence ao grupo JBS.
De acordo com o anúncio, a negociação rendeu R$ 140 milhões aos caixas da Hypermarcas. A empresa afirmou que a decisão está “em linha com os objetivos da Companhia de concentrar esforços no segmento farmacêutico e de higiene pessoal, bem como com a estratégia de integração e consolidação das operações da Hypermarcas após as aquisições realizadas desde 2008”.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Tecnologia reduz compras de impulso

As novas tecnologias digitais têm gerado grandes benefícios (e lucros) para a indústria do varejo. Mas nem tudo são rosas nessa evolução. A internet e os aparelhos móveis como celulares e tablets dão mais poder ao consumidor, e mudanças nos hábitos de compras já estão afetando os comerciantes.
Nos EUA, assim como em outros lugares do mundo, uma das diretrizes mais importantes é fazer o consumidor entrar na loja e comprar itens não planejados, a tradicional compra de impulso. Grandes redes e megalojas apostam muito nesse comportamento, investindo muito na exibição estratégica de mercadorias nos corredores e gôndolas, para atrair o olhar do cliente e motivar mais vendas.
Mas para que isso funcione, o consumidor precisa passear pelo espaço da loja e "baixar a guarda" -- e isso está ocorrendo cada vez menos, porque a nova geração de consumidores usa a web e vários aplicativos móveis para planejar as compras. O cliente chega à loja com um lista feita com antecedência, com uma minuciosa pesquisa de ofertas e descontos. Esse consumidor entra na loja e compra exatamente o que está na lista, e sai em seguida.
Em tempos de cinto apertado nos EUA e Europa, essa nova tendência certamente vai causar impactos negativos nas vendas do varejo.
Além disso, esses consumidores pragmáticos visitam menos lojas: nos EUA, são apenas três lojas em média, em comparação com cinco lojas antes da crise econômica, segundo dados da ShopperTrak. Com isso, a previsão é que o tráfego direto nas lojas caia até 2,2% nessa temporada de festas de final de ano no país.
Essa mudança no comportamento dos compradores vai afetar algumas categorias com maior intensidade. Lojas de produtos eletrônicos como a Best Buy estão correndo mais risco de perder vendas, porque é cada vez mais fácil pesquisar preços de aparelhos online. As lojas de roupas e acessórios estão em melhor posição, porque mesmo os compradores que usam tecnologias de compras passam mais tempo nas lojas, para experimentar as peças -- e podem ser motivados a comprar novos itens.
A Federação Nacional de Varejo dos EUA estima que as vendas nesse final de ano devem crescer 2,8%, mas esse crescimento poderia ser maior se esses consumidores tecnológicos também comprassem por impulso.
Segundo David Maddocks, especialista em tendências de varejo nos EUA, os varejistas estão sendo forçados a se adaptarem a grandes mudanças nos hábitos de consumo, em um momento em que muitos comerciantes e redes estão fechando lojas e demitindo funcionários. Essas pressões competitivas devem causar grandes reestruturações do setor no país em breve, disse Maddocks.
Segundo o analista, que já foi executivo da marketing da Nike, a maioria dos varejistas planejou cuidadosamente o layout das lojas para atrair e cativar o consumidor, fazendo com que ele consuma além do planejado. Agora, o varejo deve mudar essa postura "passiva" de compras, e criar meios de venda mais direcionados e personalizados para cada consumidor.
Bill Martin, executivo-chefe da ShopperTrak, diz que a tecnologia e a situação econômica transformaram os consumidores em "compradores cirúrgicos". Tradicionalmente, os consumidores mais sistemáticos eram quase todos homens. Mas os aparelhos móveis com conexões rápidas de internet estão convertendo cada vez mais mulheres para essa tendência -- uma má notícia para os varejistas que apostam muito nas compras de impulso femininas.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Sites de compras coletivas inflam preços reais

Os sites de compras coletivas, que oferecem descontos enormes de diversos produtos e serviços, caíram bem no gosto e no bolso das pessoas. Porém, as promoções não são tão promocionais assim. Segundo o Thumbtack.com, os preços são inflados, ou seja, a estratégia é usada para que o abatimento pareça maior.
O portal averiguou cinco ofertas do Groupon e outras cinco do LivingSocial para serviços locais, como limpeza da casa, porta-retratos customizados e planejamento de casamento. Uma equipe ligou para cada estabelecimento e viu que o valor cobrado regularmente nem sempre é o mostrado como o real pelos sites.
O LivingSocial, por exemplo, fez uso dessa prática em três das cinco mercadorias verificadas e o Groupon em todas as cinco.
De acordo com o Business Insider, um leitor que diz ser dono de um negócio alerta que os preços são inflados pois somente assim o acordo vale a pena. Um internauta, suposto representante do Groupon, afirmou que os valores são inflados pelas próprias lojas quando vendem o serviço para os portais de compras coletivas.
Para não ser “enganado” por supostos falsos preços, a solução para ver se o desconto realmente vale a pena é verificar os descontos e  pesquisar antes de comprar os cupons.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Tablet é destaque nas compras de final de ano

A pesquisa Mobile Payments and Online Shopping Survey, realizada pelo Ponemon Institute em parceria com a firma ThreatMetrix revela interessantes tendências sobre o comércio eletrônico para o final de 2011, no momento em que dispositivos móveis como smartphones e tablets estão destronando os computadores de mesa como meios preferenciais de acesso aos sites de varejo.
A pesquisa (que pode ser baixada de graça no site) indica que 12% dos entrevistados nos EUA planejam usar tablets para fazer as compras da "Cyber Monday", a segunda-feira que antecede o feriado de Ação de Graças no país. O estudo mostra ainda que 37% pretendem fazer compras usando smartphones, e 49% vão continuar usando computadores de mesa e laptops.
Os varejistas que estão atentos a esses consumidores que portam tablets como o iPad precisam planejar suas ações. A tela do tablet é maior que a dos smartphones, e sua interface de toque é diferente do padrão dos laptops. A possibilidade de mudar de o tipo de visualização de portrait para landscape é um dos itens estratégicos mais explorados pelos sites de comércio.
A pesquisa aponta uma tendência que está crescendo a cada ano: os consumidores norte-americanos aproveitam as novas tecnologias para comprar com mais conforto, sem precisar visitar as lojas de cimento e tijolo -- que ficam tradicionalmente apinhadas a partir de novembro. Como reflexo dessa tendência, 33% dos entrevistados disseram que suas compras online vão ser maiores que as feitas em lojas físicas. A combinação entre compras via desktop, tablets e celulares vai superar as compras nas lojas.
A pesquisa Ponemon Institute/ThreatMetrix entrevistou 722 consumidores de grande atividade nos EUA. Os consultados passam uma média de 24 horas semanais conectados à internet, e 57% deles fazem compras diariamente ou semanalmente.
A pesquisa também identificou que 30% dos entrevistados compõem um "grupo de elite" -- pessoas que passam mais de 20 horas semanais na internet, usando a rede para escrever blogs, participar de redes sociais e realizar tarefas como o pagamento de contas e faturas.
Esse grupo de elite é geralmente mais jovem, com maior nível de educação e com salários maiores. O grupo é formado em sua maioria por entusiastas de novas tecnologias, como celulares de última geração e tablets. Quase 50% usam smartphones, e 17% possuem tablets. Apenas 34% usam computadores de mesa e laptops para fazer compras. Cerca de 40% do grupo de elite planeja fazer mais compras pela internet do que em lojas tradicionais nos feriados de 2011.
Outros dados relevantes do estudo:
  • 77% dos consultados fazem downloads pagos de músicas.
  • 75% são assinantes de serviços online.
  • 73% usam aplicativos para smartphones.
  • 48% compram produtos eletrônicos pela internet.
  • 43% compram roupas e acessórios pela web.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Wal-Mart e Facebook anunciam parceria

Segundo nota da Folha.com, o Wal-Mart e o Facebook anunciaram nesta terça-feira uma parceria para ajudar a maior varejista do mundo a conectar clientes às suas lojas físicas.
O Wal-Mart lançou o My Local Wal-Mart, uma página que permite que a companhia acompanhe o que está acontecendo em determinadas lojas.
A ação, que envolve cerca de 3.500 unidades, prevê o envio de alertas aos fãs da varejista no Facebook sobre novos produtos e descontos.
O Wal-Mart vem intensificando investimentos em comércio eletrônico e redes sociais para tentar competir mais efetivamente com seus rivais na internet, liderados pela Amazon.com.
Fãs do varejista no Facebook que se inscreverem para a nova página receberão cerca de duas mensagens por semana a partir de sua loja local, segundo a empresa.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Varejo busca formas de inovação para competir com a internet

Reporta Keila Guimarães, no Propmark, que Karin Wunderlich, do grupo alemão Metro, disse em um seminário no Brasil que "o varejo não é mais tão importante porque hoje pode-se comprar qualquer coisa online. Tem que dar razão para o consumidor ir ao ponto de venda”.
Dados da Nielsen apresentados por Karin apontam que, em 2030, três em cada 10 pessoas farão parte da classe média. Entretanto, maior poder aquisitivo não é a única mudança prevista. A tecnologia, a massificação de dispositivos móveis e uma sociedade essencialmente conectada estão revolucionando o comportamento humano e o modo como as pessoas compreendem o entorno.
A América Latina já é a terceira região no mundo que mais acessa a internet, atrás apenas dos Estados Unidos e Austrália. O Brasil é um dos países com a maior densidade de celulares no mundo, superando até os EUA. No País, há 114,9 aparelhos para cada 100 habitantes. Com tantos estímulos externos, esse consumidor não é mais tão facilmente atingido pela mídia tradicional. Para envolvê-lo, o ponto de venda precisa promover experiências. E o design é fundamental nesse quesito, ao criar ambientes capazes de proporcionar novas experiências de compra.
Nelly Sitbon, sócia da Chasseurs d’Influences, cita o case do Lyon Confluence, na cidade francesa de Lyon, que é o maior projeto de urbanização da Europa. Com investimento de € 250 milhões, está sendo construído shopping de 53 mil m², com 106 lojas e conectado a 25 linhas de transporte público – incluindo uma fluvial. “O desenho do local mistura lugares onde as pessoas possam comprar e se encontrar, com arquitetura lúdica. O objetivo é promover uma experiência polissensorial”, afirma. “Cases mostram para onde o varejo caminha e temos que pensar como o Brasil irá se posicionar”, analisou por sua vez o presidente do Popai, Romano Pensera.
Leia a reportagem completa aqui.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

MOBILE MARKETPLACES: “MERCADOS DE CELULAR”

Enquanto as plataformas online vão ter sempre seu lugar na paisagem do RECOMMERCE, os consumidores que adoram conveniência vão adotar a velocidade, a espontaneidade e a gratificação instantânea dos mercados de celular. Comprar e vender por meio do celular combina com o estilo de vida ativo dos consumidores. Já os mercados hiperlocais removem o incômodo da postagem, porque os compradores e vendedores podem se encontrar com facilidade.
  • O aplicativo para celular Instant Sale do eBay permite aos usuários vender aparelhos eletrônicos velhos de volta à empresa. A versão iOS, lançada em agosto de 2011, detecta automaticamente o aparelho e gera um preço. O site já teve mais de 4,3 milhões de ofertas desde o lançamento da iniciativa em outubro de 2010.  
  • O Amazon Student, lançado em agosto de 2011, permite a estudantes escanear o código de barras de livros, DVDs, jogos ou aparelhos eletrônicos que possuem e consultar o preço de desconto na troca. Se a transação for aceita, uma etiqueta de envio é gerada e o valor é creditado como vale-presente da Amazon.
  • Lançado em junho de 2011, Taap.it é um aplicativo disponível nos EUA que mostra aos usuários anúncios classificados nos arredores de sua localização, conectando usuários locais que desejam comprar ou vender itens.
  • O StubHub, mercado de ingressos secundário, adicionou a funcionalidade de ingresso para celular a seu aplicativo em agosto de 2011; isso significa que os usuários podem revender e comprar ingressos no próprio evento, mesmo sem acesso a uma impressora.
  • A empresa de desenvolvimento Boom Mobile, da Suíça, lançou o WatchMarket em julho de 2011, um aplicativo de troca de relógios de luxo.

IMPLICAÇÕES & OPORTUNIDADES

Imagem cedida por Patekwatch.blogspot.com
Será que o RECOMMERCE é uma “nova” megatendência que vai transformar o seu negocio completamente? Não. Mas os leitores que já entraram no jogo devem estar transbordando de ideias a respeito de como aplicar os insights deste Trend Briefing aos seus negócios amanhã (e certamente na preparação para as festas de fim de ano). A  tendência ajuda as pessoas perceberem que compras passadas não apenas podem gerar satisfação (há um grande fator de bem-estar no RECOMMERCE que combina bem com a necessidade de marcas mais “humanas”), mas também gera vendas e lucros. E isso, imaginamos, deve ser música para os ouvidos de todas as pessoas envolvidas com negócios no momento.

E o RECOMMERCE também oferece oportunidades para marcas que querem fugir da corrida para a base da pirâmide – a promoção do valor em longo prazo dos itens vai ajudar a fazer com que os consumidores engulam o fato de pagar preços mais altos. Isso é algo que as marcas de luxo já compreenderam há muito tempo, como demonstra o anúncio da Patek Philippe acima, que data de 1949(!).

Ah, e os verdadeiros empreendedores, é claro, estão montando seu próprio serviço de RECOMMERCE (incluindo tudo que vai de autenticação a avaliação, passando por serviços de plataforma), assim expandindo o ecossistema do RECOMMERCE, que já cresce com muita rapidez.



(fonte:Trendwatching, www.trendwatching.com)

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

2012: O ano dos pagamentos móveis?

Na semana passada, foi realizada em San Francisco a conferência GigaOm Mobilize 2011, onde os participantes debateram o impacto de várias tecnologias móveis para os mercados. Três painéis do evento foram concentrados na questões relacionadas com o comércio via celular e os pagamentos feitos através de diversos aparelhos.
Um dos destaques foi a entrevista de Keith Rabois, executivo operacional da Square , empresa especializada em pagamentos móveis. Rabois é cético a respeito da adoção generalizada da tecnologia NFC ("near field communications", sistema que permite pagamentos quando o celular é aproximado do caixa da loja). O executivo disse que nunca encontrou um varejista nos EUA que tenha mostrado interesse pela NFC.
Rabois disse que o foco da Square é oferecer uma solução fácil de implementar para os comerciantes. Segundo ele, a estratégia da empresa é criar um ambiente equilibrado tanto para pequenos como para grandes varejistas. Rabois disse que os pequenos comerciantes precisam de opções acessíveis para gerenciar pagamentos via celular, com ferramentas e dados fáceis de usar. A Square obviamente deseja criar uma rede de comerciantes e consumidores que poderia alavancar outros potenciais usuários locais, oferecendo promoções que multiplicariam o alcance da Square em uma região. Para todos os efeitos práticos, entretanto, o Square representa uma tecnologia proprietária, e um equipamento de ponto de venda que seria exclusivo da empresa -- Rabois deu a entender que a empresa não abriria o acesso para concorrentes.
Um outro destaque do evento foi o painel sobre pagamentos móveis, com a participação dos grandes players do setor nos Estados Unidos:  Laura Chambers (PayPal), Brad Greene (Visa), Ken Miller (Intuit) e Dave Talach (VeriFone). O debate completo pode ser visto em vídeo no link http://pymnts.com/mobile-payments-2012-will-this-be-the-year-video/.
Esse painel ficou dividido entre os apoiadores da NFC e seus adversários. Visa e VeriFone aprovam a tecnologia, mesmo reconhecendo que levará alguns anos para sua adoção plena -- essas empresas destacam que a tecnologia permite uma integração maior entre cartões plásticos e celulares. Já a empresa de pagamentos eletrônicos PayPal é contra a tecnologia NFC, citando justamente o argumento do longo tempo de implementação. O executivo da VeriFone, Dave Talach, disse que a NFC é a tecnologia mais promissora e segura para pagamentos com aparelhos móveis.
Laura Chambers da PayPal disse que seu projeto de pagamentos via celular da empresa está evoluindo rapidamente, e que a empresa já tem negociações avançadas com 60 dos 100 maiores varejistas do país. Brad Greene da Visa disse que conquistar os comerciantes é a parte mais difícil do processo inicial. David Talach ressaltou que a tecnologia NFC é a única tecnologia robusta o suficiente para motivar os consumidores a usar seus smartphones e tablets em pagamentos. O representante da PayPal rebateu dizendo que apenas 1% dos varejistas dos EUA já possuem terminais com NFC.
Apesar da polêmica a respeito das tecnologias e abordagens disponíveis para os pagamentos móveis, os participantes do evento parecem concordar que 2012 ainda não será o grande ano para esse setor. De uma forma ou outra, as empresas e firmas convergem na ideia de que essa forma de pagamentos ainda vai demorar para ser amplamente adotada pelos consumidores e comerciantes. Muitos destacaram o fato de que ainda não existe um incentivo determinante para detonar o processo de adoção.
Ainda não existe um "killer app", um aplicativo irresistível que motive a adoção do pagamento móvel pelos usuários. Por ordem, dinheiro vivo, cartões de débito/crédito e cheques ainda dominam o mercado de pagamentos.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

TENDÊNCIA -- Cashing In: "Dinheiro Vivo" (Boletim Trendwatching)

Claro que o eBay, a Amazon e o Craigslist vêm dominando o (RE)COMMERCE tradicional há anos, mas os mercados online P2P não param de inovar e atrair novas audiências:
  • A marca online de moda ASOS lançou o Marketplace em novembro de 2010, permitindo a fashionistas do mundo todo vender suas roupas. O site incentiva os usuários a fotografar seus itens em “street style”.
  • O site francês Instant Luxe vende itens de grifes de luxo de segunda mão. No entanto, em vez de conectar compradores e vendedores diretamente, o site exige que os vendedores enviem os itens aos moderadores que os avaliam e autenticam.
  • Vestiaire de Copines, outro site francês, oferece serviço semelhante. As usuárias podem seguir pessoas que costumam vender roupas de que elas gostam e fazer perguntas a respeito dos itens por meio do site.
  • Como parte de sua Common Threads Initiative, a Patagônia, marca dos EUA de equipamento para atividades outdoor, fez uma parceria com o eBay em setembro de 2011 para lançar um mercado oficial onde os clientes podem comprar e vender itens usados.
  • Roupas e itens de crianças são sucesso natural de (RE)COMMERCE, como mostram a Recrib e a StorkBrokers.
  • A IKEA começou a vender móveis de segunda mão online na Suécia em agosto de 2010, com planos de estender a ideia a outros mercados, se der certo. Membros da IKEA Family podem oferecer e comprar itens de graça.
  • A Gazelle for Good é uma iniciativa da empresa de reciclagem de aparelhos eletrônicos Gazelle que ajuda ONGs a arrecadar fundos ao pedir que os colaboradores doem seus aparelhos velhos.
Oportunidades de (RE)COMMERCE não se restringem a bens físicos: serviços também estão valendo. Ponto em questão: o fenômeno da oferta do dia. Como 20% das ofertas nunca são resgatadas (Fonte: Rice University, junho de 2011), empresas novas espertas permitem aos consumidores revender seus cupons.
  • A DealsGoRound, dos EUA, permite aos usuários que revendam e comprem ofertas passadas do Groupon, do LivingSocial e do BuyWithMe. O site também lançou um aplicativo para iPhone em março de 2011, para que os usuários façam seus negócios em trânsito.
 
Entre as alternativas dos EUA estão Lifesta, CoupRecoup, Dealigee e Sell My D

 
(fonte Trendwatching, www.trendwatching.com)

E-commerce com foco em bebês e crianças chega ao mercado

A Baby.com.br, empresa de serviço de comércio eletrônico criada especialmente para pais, mães e gestantes, chega para oferecer uma solução inédita no mercado online de produtos para bebês.
O site oferece entrega (delivery) de fraldas, papinhas, carrinhos de bebê, sapatinhos, roupinhas e uma gama de produtos tanto para os recém nascidos, como para crianças de 3 anos, além de promoções e serviços exclusivos.
A idéia surgiu da busca percebida por dois americanos que enxergaram a necessidade de mercado a partir de suas próprias experiências de vida.
Kimball Thomas e Davis Smith vieram com suas famílias e seus filhos recém-nascidos para morar no Brasil e abrir a empresa, depois de perceber essa lacuna no mercado local.
“Um amigo brasileiro da faculdade me contou que esse tipo de produto era muito caro no Brasil e, ao comentar com meu primo, ele me disse que, durante uma passagem pelo Rio de Janeiro, teve que ir a três lojas para encontrar as fraldas no número desejado. Conversamos e decidimos investir nesse mercado escasso, mas extremamente promissor”, conta Davis.
Segundo o executivo, a missão da Baby.com.br é proporcionar uma experiência revolucionária de comércio eletrônico no Brasil e oferecer uma maneira fácil, conveniente e rápida para que os pais possam encomendar produtos para seus filhos no conforto de suas casas nos pedidos a partir de R$75.

Trade in to trade up: "trocar para melhorar"

Os consumidores têm mais consciência do que nunca de que seus produtos velhos têm valor, no entanto, a aversão pela perda, o efeito dote (supervalorização daquilo que se tem), e a inconveniência da venda significa que os consumidores com frequência relutam em vender até mesmo os itens que raramente são usados.

E é por isso que as iniciativas do tipo TRADE IN TO TRADE UP tomadas pelas marcas superam várias dessas barreiras: os consumidores podem destravar o valor de seus produtos velhos com rapidez e conveniência, ao mesmo tempo em que colocam as mãos e versões novas e melhoradas.

Compradores em setores de rotatividade veloz como moda e eletrônicos, recebem bem programas de troca com desconto, já que eles ajudam a aliviar o gasto proibitivo de se manter atualizado com novos produtos sempre desejáveis e com vida útil cada vez mais curta - e com frequência garantem que itens desatualizados sejam reaproveitados ou reciclados.

Apenas alguns sinais dos tempos: Gazelle, um site norte-americano de troca com desconto, comprou 2.000 iPads na hora seguinte ao anúncio feito por Steve Jobs sobre o iPad 2. Ao mesmo tempo, em julho de 2011, um levantamento da Experian descobriu que 35% das pessoas estavam pensando em comprar um iPhone 5, apesar de ainda nem terem visto um! 

De fato, quase todas as marcas de eletrônicos oferecem esquemas de troca e isto está rapidamente se expandindo para lojas físicas também:
  • Entra agosto de outubro de 2011, a Hewlett-Packard ofereceu no Brasil descontos aos consumidores de até R$ 200 para quem desse impressoras usadas como parte do pagamento.
  • Para comemorar o lançamento de Gran Turismo 5, a varejista de videogames australiana EB Games anunciou que daria aos consumidores 50 centavos para cada carrinho de brinquedo entregue, até o máximo de AUD 10. O varejista então doou os carrinhos para uma organização beneficente local.
Consumidores e marcas de moda também estão adotando programas do tipo TRADE IN TO TRADE UP:
  • A marca francesa A.P.C. lançou a série Butler Worn-Out (Usada pelo Mordomo), em que os consumidores que levassem jeans usados podiam trocá-los por uma calça nova pela metade do preço. Os jeans usados foram reformados, bordados com as iniciais do antigo dono e revendidos. A linha tem este nome por causa do hábito que os aristocratas do século 19 tinham de fazer seus mordomos usarem as roupas primeiro, para lacear.
  • A varejista de moda espanhola Mango lançou a Mango for Mango em maio de 2011. Os consumidores que se inscrevem no cartão de fidelidade da marca podem devolver itens em 12 meses depois da compra para obter 20% de desconto em novas compras.
  • A Levi's de Cingapura ofereceu aos consumidores SGD 100 quando trazem seus jeans velhos para comprar novos: SGD 50 de desconto e mais SGD 50 em vales.
  • Sinal dos tempos: em maio de 2011, a oferta pública inicial da Milan Station, loja de bens de luxo de segunda mão de Hong Kong, aumentou mais de 2000 vezes (via WSJ).
Parcerias com instituições beneficentes garantem que as roupas doadas sejam reaproveitadas de maneira adequada, ao mesmo tempo em que também demonstram certa EMBEDDED GENEROSITY (GENEROSIDADE EMBUTIDA):
  • A Marks and Spencer, loja de departamentos do Reino Unido, fez uma parceria com a Oxfam para promover um evento de um dia só em setembro de 2011. Os clientes recebiam um vale de GBP 5 para cada doação de roupas usadas da M&S, que podiam ser trocados em compras acima de GBP 35 na loja. Depois do evento, os consumidores ainda podiam receber vales ao doar roupas da M&S em lojas da Oxfam.
  • Durante dez dias, em maio de 2011, as lojas GAP nos EUA e no Canadá recolheram roupas para doar à Goodwill. Para incentivar as doações, as pessoas que traziam roupas usadas recebiam vales que lhes davam direito a 30% de desconto em compras nas lojas GAP. A marca esportiva Puma promoveu uma iniciativa similar com a Soles4Souls, de junho a julho de 2010. E, em lojas selecionadas, os doadores podiam ganhar prêmios adicionais.
  • Nas Filipinas, a campanha Refresh Your Gear (Renove Seu Equipamento) da marca Adidas, ocorreu em outubro de 2010. Os clientes podiam obter até PHP 1.000 de desconto em um par de tênis novo ao entregar um velho. Os sapatos doados foram entregues à HOPE Worldwide.
  • Também nas Filipinas, a loja de departamento líder de mercado SM lançou o Surrender Your Jeans (Entregue Os Seus Jeans) em agosto de 2011, oferecendo aos consumidores vales-desconto em troca de jeans doados.
  • A Totto, uma loja de mochilas no Chile, lançou sua linha 2011 com uma promoção que oferecia aos consumidores um desconto de CLP 4.000 quando entregavam suas mochilas velhas. A Totto doou a mesma quantidade de mochilas entregues e as enviou para uma organização beneficente de educação para jovens.
E, é claro, TRADE IN TO TRADE UP é uma combinação perfeita para qualquer setor que tenha produtos de alto valor e longa duração:
  • A Decathlon, loja francesa de vestuário e equipamento esportivo, está laçando Trocathlon durante uma semana, em outubro de 2011. As lojas vão comprar equipamento usado em troca de cupons válidos por seis meses.
  • O programa Trade In! Trade Up! da Callaway, fabricante de equipamento de golfe, aceita tacos usados, inclusive de outras marcas.
  • A Toys"R"Us promoveu o Great Trade-In Evento em agosto e setembro de 2011. Os pais podiam usar equipamento de bebê usado e receber 25% de desconto em novas compras. O evento foi impulsionado em parte por novos padrões de segurança para berços, e com a intenção de que os pais doassem para outras pessoas itens potencialmente inseguros.
  • Em maio de 2011, a fabricante de capacetes de motocicleta AGV lançou um programa em que os motoqueiros podiam entregar um capacete velho para receber 20% de desconto. A marca declarou que o programa foi uma oportunidade de enfatizar a importância da segurança, e que os motoqueiros podiam levar capacetes velhos ou avariados de qualquer marca.
  • A Guitar Center, dos EUA, oferece desconto de 10%, limitado a USD 500, para clientes que entregam instrumentos usados.
Há, é claro, diversos conceitos de lojas físicas especialistas em (RE)COMMERCE, sendo que muitos deles já existem há anos:
De fato, quase tudo pode ser trocado por desconto:
  • O (RE)COMMERCE se encontrou com o OWNER-LESS (SEM DONO) quando a Mission: Comics & Art em San Francisco lançou uma biblioteca de aluguel de gibis em agosto de 2011. Os leitores podiam tanto pagar pelo aluguel em dinheiro ou trocar gibis velhos por pontos de aluguel.
Ilustração de Rio Safari
  • Desde janeiro de 2011, a livraria Microcosm Publishing de Portland oferece aos clientes crédito na loja igual ao preço cheio de qualquer Kindle que seja entregue.
E, claro, não poderíamos deixar este Trend Briefing passar sem examinar pelo menos duas inovações recentes no (RE)COMMERCE automobilístico:
  • Residentes de Murcia, na Espanha, que se inscreveram antes de junho de 2011 receberam passes vitalícios para o sistema de transporte público da cidade em troca da entrega do carro.
  • Em maio de 2011, a Hyundai apresentou um esquema de Assurance Trade-In Value Guarantee (Garantia de Valor na Troca), garantindo o valor de troca do veículo por até quatro anos; apesar de o programa estar limitado a clientes que fizessem as revisões em uma concessionária Hyundai.

(Fonte Trenwatching, www.trendwatching.com)

(RE)COMMERCE: Por que as “trocas” são a nova compra para os consumidores inteligentes


Examinar a infinidade de maneiras em que a arena do consumidor passou além do “antigo” modelo de consumo (as marcas produzem, os consumidores compram) tem sido um tema recorrente em alguns Trend Briefings já publicados, de GENERATION C(ASH) e C(ONTENT) a SELLSUMERS e OWNER-LESS.

Agora, eis aqui mais um jeitinho que os consumidores estão dando para aproveitar ao máximo seus bens e posses:
(RE)COMMERCE | Nunca foi tão fácil para os consumidores descobrirem o valor de compras antigas*. Novas recompras de marcas, esquemas de troca, plataformas online e mercados de celular oferecem opções inteligentes e convenientes para os consumidores que gostam de “trocar para melhorar”, aliviar pressões financeiras (alguém aí ouviu falar de recessão?), e/ou aliviar preocupações ambientais e éticas.
De fato, o (RE)COMMERCE agora afeta cada vez mais até as decisões iniciais de compra dos consumidores. Da mesma maneira que acontece quando se compra um carro ou uma casa, os consumidores estão levando em conta o valor de revenda de um item no custo de possuí-lo e considerando uma gama mais ampla de escolhas.
Confira três motores por trás do fenômeno do (RE)COMMERCE:
  1. NEXTISM: Os consumidores vão sempre ansiar pelas experiências novas e emocionantes prometidas por aquilo que está por vir.
  2. STATUSPHERE: O impulso no status que vem de ser esperto e de comprar com responsabilidade (ambiental).
  3. EXCUSUMPTION: Consumidores sem muito dinheiro vivo que adotam soluções criativas. 
* Os consumidores sempre revenderam bens grandes e duráveis como carros e casas. Mas, agora, quase qualquer coisa está boa de revender, desde eletrônicos até roupas, passando até por experiências. Saiba mais abaixo.

1. NEXTISM

A EXPECTATION ECONOMY (ECONOMIA DE EXPECTATIVA) de hoje criou uma classe de consumidores que espera “o melhor do melhor” em cada compra, e os mesmos consumidores exigentes também são cada vez mais levados pelo aqui e agora e pelo desejo de colecionar o maior número de experiências possíveis.

Tudo isso explica o atrativo dos novos produtos, bens e serviços: recursos aprimorados, mais qualidade ou design atualizado prometem uma experiência nova ou intensificada e, portanto, uma vida melhor ou mais interessante em última instância.

2. STATUSPHERE

Há muito tempo nós dizemos que a busca do status social está no cerne de todas as tendências de consumo. Mas a diversificação da STATUSPHERE significa que muitos consumidores não obtêm seu status com a simples posse de objetos que são maiores, mais rápidos e mais reluzentes; o “novo” status se define por: habilidades adquiridas, generosidade, capacidade de conexão ou credenciais ambientais.

Na verdade, um número crescente de consumidores obtêm sua dose de status por serem astutos e espertos, e não mais por meio do consumo evidente e exibido.

Mas deve-se notar, no entanto, que isto não se trata de não-consumo completo (coisa que permanecerá alheia à ampla maioria de consumidores), mas sim de um consumismo mais pensado; em que é possível conseguir dinheiro ou descontos por itens velhos e usados (ou não), ou de se desfazer das coisas com responsabilidade*.
 * Claro que existe toda uma relação nova de esquemas de reciclagem, mas vamos falar mais deles em um próximo Trend Briefing no tema ECO-CYCOLOGY !

3. EXCUSUMPTION

A instabilidade econômica contínua do “Ocidente” significa que cada vez mais consumidores se viram com cada vez menos. Apesar disso, os consumidores continuam famintos por novas experiências, e isso faz com que a venda, troca por desconto ou simples troca de itens velhos/sem uso seja uma desculpa perfeita para uma compra esperta, nova, sem culpa. E como a (maior parte) dos consumidores em economias maduras viveram a vida toda no hiperconsumo, não há falta de compras anteriores com pouco uso.
Depois, há também os consumidores espertos que estão cientes do (RE)COMMERCE (tenham eles sido afetados pela recessão ou não), que aprimoram de maneira ativa seu consumo: incentivados a comprar ou até mesmo em “investir” em marcas de qualidade mais alta ou Premium, sabendo agora que podem ser (re)vendidas com facilidade e lucro.

(Fonte: Trendwatching, www.trendwatching.com)

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Best Buy amplia oferta de "Mobile Stores" nos EUA

Reporta Alan Wolf, no site TWICE, que a rede de produtos eletrônicos Best Buy quer ter 250 Mobile Stores este mês nos EUA, e pretende chegar a 275 lojas desse tipo até o feriado de Ação de Graças, em novembro -- a meta final é operar 800 lojas em 5 anos. As Mobile Stores são especializadas em produtos relacionados com comunicações móveis: smartphones, tablets, fones de ouvido, alto-falantes e acessórios. Atualmente, são 240 lojas desse tipo no país.
A Best Buy informa que mantém departamentos de tecnologias móveis em suas 1.104 lojas tradicionais, e está aumentando as áreas destinadas a esses produtos.
A empresa também é a primeira varejista depois da própria Amazon a aceitar encomendas para os novos modelos do tablet Kindle.
A ação da empresa é uma estratégia clara em um setor de crescimento acelerado, e pode elevar a participação da Best Buy de 6% para um número de dois dígitos.