Reporta Keila Guimarães, no Propmark, que Karin Wunderlich, do grupo alemão Metro, disse em um seminário no Brasil que "o varejo não é mais tão importante porque hoje pode-se comprar qualquer coisa online. Tem que dar razão para o consumidor ir ao ponto de venda”.
Dados da Nielsen apresentados por Karin apontam que, em 2030, três em cada 10 pessoas farão parte da classe média. Entretanto, maior poder aquisitivo não é a única mudança prevista. A tecnologia, a massificação de dispositivos móveis e uma sociedade essencialmente conectada estão revolucionando o comportamento humano e o modo como as pessoas compreendem o entorno.
A América Latina já é a terceira região no mundo que mais acessa a internet, atrás apenas dos Estados Unidos e Austrália. O Brasil é um dos países com a maior densidade de celulares no mundo, superando até os EUA. No País, há 114,9 aparelhos para cada 100 habitantes. Com tantos estímulos externos, esse consumidor não é mais tão facilmente atingido pela mídia tradicional. Para envolvê-lo, o ponto de venda precisa promover experiências. E o design é fundamental nesse quesito, ao criar ambientes capazes de proporcionar novas experiências de compra.
Nelly Sitbon, sócia da Chasseurs d’Influences, cita o case do Lyon Confluence, na cidade francesa de Lyon, que é o maior projeto de urbanização da Europa. Com investimento de € 250 milhões, está sendo construído shopping de 53 mil m², com 106 lojas e conectado a 25 linhas de transporte público – incluindo uma fluvial. “O desenho do local mistura lugares onde as pessoas possam comprar e se encontrar, com arquitetura lúdica. O objetivo é promover uma experiência polissensorial”, afirma. “Cases mostram para onde o varejo caminha e temos que pensar como o Brasil irá se posicionar”, analisou por sua vez o presidente do Popai, Romano Pensera.
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