terça-feira, 30 de agosto de 2011

Walmart acerta com vídeos online

A rede varejista Walmart tem um histórico acidentado com o comércio eletrônico. Nos últimos anos, o desempenho da maior varejista mundial na web foi irregular, com resultados abaixo do esperado, tanto pela direção da empresa como do público. Mas recentemente, o Walmart acertou em cheio, ao oferecer downloads de filmes online.
Um ano depois de comprar o serviço de “streaming” de vídeos Vudu, que permite a compra ou locação de filmes de Hollywood, o site se tornou o terceiro mais popular em sua categoria nos Estados Unidos, segundo dados da firma IHS. O serviço aparece na frente das ofertas da Amazon.com e Sony.
Com 5,3% de participação no mercado de vídeos online nos EUA, o Vudu só perde para o iTunes da Apple (que tem 65,8%) e do Zune Video Marketplace da Microsoft (com 16,2%). Uma reportagem do Wall Street Journal aponta que o Vudu dá grande visibilidade para o Walmart na internet, mas analistas questionam a capacidade da empresa de conquistar sua clientela tradicional com o serviço.
No começo de agosto, o Walmart anunciou que iria encerrar a venda de músicas em MP3 pela web, depois de anos tentando lucrar com esse serviço. A empresa também anunciou uma grande dança das cadeiras no setor de varejo eletrônico, com a saída de dois altos executivos do grupo. A grande preocupação do Walmart é a crescente competição com a Amazon, que abocanha grandes fatias de consumidores em vários segmentos de mercado.
Mas o Vudu oferece um alto potencial estratégico. Segundo Edward Lichty, diretor geral do serviço, o fato do Vudu oferecer filmes recentes em seu catálogo é um grande chamariz – as vendas triplicaram neste ano, e isso em meio a uma severa crise econômica nos EUA. Lichty disse que o Vudu está se tornando cada vez mais significativo para os estúdios de Hollywood que são parceiros do empreendimento.
O Vudu começou com um passo errado: inicialmente, os filmes seriam baixados através de um conversor próprio, mas a empresa reconheceu rapidamente que isso não funcionaria. O modelo do Vudu é diferente do Netflix, que cobra uma tarifa mensal dos consumidores por acesso ilimitado a uma ampla cinemateca de filmes em DVD e streaming (para ver em tempo real), mas não oferece a opção de compra de downloads.
Os preços do Vudu variam de acordo com o filme. Por exemplo, a animação “Rio”, do diretor Carlos Saldanha, custa US$ 3,99 para alugar e US$ 14,99 pelo download permanente. A versão em alta definição do filme custa US$ 4,99 na locação e US$ 19,99 na venda. Os preços são considerados competitivos no mercado.
O Walmart comprou o Vudu em 2010 por cerca de US$ 100 milhões, o que pode ser considerado uma pechincha em comparação com o valor atingido por algumas empresas do Vale do Silício este ano.
Há algumas semana, o Walmart integrou o Vudu ao site Walmart.com, mas manteve o site Vudu.com ativo. O varejista também lançou um formato que permite que usuários de tablets possam assistir filmes de modo fácil. De quebra, o sistema do Walmart permite que a empresa contorne a taxa de 30% que a Apple cobra pelos serviços vendidos através da App Store.
Analistas dizem que agora o Walmart precisa buscar novos meios para atrair os consumidores gerais da rede para o serviço – uma boa maneira seria oferecer grandes descontos. A O Walmart já teve grande sucesso com essa estratégia na venda de DVDs no passado.

Facebook fracassa nas compras coletivas

Segundo nota na Adnews, não vingou a investida do Facebook no mundo das compras coletivas. A rede social dona de 700 milhões de usuários decidiu encerrar o Deals, serviço que há quatro meses mantinha para tentar ser bem-sucedida também neste ramo. A desistência dá mais força aos já consolidados Groupon e similares.
 Por meio de nota, um porta-voz do Facebook informou a Reuters na sexta-feira sobre a decisão. "Aprendemos muito com o nosso teste e continuaremos a avaliar como atender melhor os negócios locais", disse.
"Acreditamos que uma abordagem social para levar as pessoas ao comércio local tem bastante força", acrescentou o Facebook sem confirmar se esforços adicionais nesta área serão testados.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Comércio virtual deve faturar R$ 18,7 bilhões neste ano

Segundo nota da Folha.com, o e-commerce deve faturar R$ 18,7 bilhões, resultado que não contabiliza a movimentação gerada pelas compras coletivas.
Essa é a estimativa divulgada durante seminário da Fecomercio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo) com especialistas do setor realizado na manhã desta quinta-feira.
Entre os anos de 2001 e 2009, as compras utilizando a rede registraram expansão de 2080% em comparação com os 293% apresentados pelo comércio tradicional.
O presidente do Conselho de TI para assuntos de e-commerce da Fecomercio, Pedro Guasti, disse que "quatro milhões de pessoas fizeram a primeira compra on-line" em 2011 e destacou que 61% delas são da classe C.
O crescimento dos chamados "e-consumidores" continua sua trajetória ascendente no Brasil. Entre os anos de 2007 e 2010, a quantidade de compradores virtuais saltou de 9,5 milhões para 23 milhões, sendo que a expectativa para este ano é chegar aos 32 milhões de clientes virtuais.
Outra atividade que colaborou para a impulsão das transações virtuais foram as compras coletivas. O primeiro site do segmento começou a operar em março de 2010, e, menos de um ano e meio após a chegada do serviço, os resultados foram surpreendentes.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Códigos 2D fazem sucesso na mídia impressa

Apesar do baixo volume, está aumentando o uso de códigos 2D em publicações, que podem ser lidos por smartphones. Essa é a conclusão de uma pesquisa da GfK MRI Starch Advertising Research, que mapeou a percepção dos consumidores em relação aos códigos que aparecem nas páginas de jornais e revistas dos EUA.
Esses códigos 2D combinam barras e símbolos, e permitem que o leitor participe de promoções ao fotografar o anúncio com o celular. Diversos aplicativos leem os códigos e completam ações, como "curtir" o anunciante no Facebook e receber descontos, cupons ou ofertas especiais.
A tecnologia ainda tem baixa penetração: segundo o estudo, apenas 4% dos leitores de revistas que notaram os códigos 2D nas páginas usaram seus celulares para fotografar o código e completar a promoção.
Mas existem casos de sucesso. Na edição "Free Stuff" da revista Allure, os leitores escanearam os códigos da Microsoft Tags mais de 200.000 vezes em apenas três dias. Um anúncio da Porsche no Men's Journal, um da Microsoft na Working Mother e uma promoção de roupas de cama na revista de bordo Hemispheres também surgem como destaques na pesquisa da GfK MRI. Entre os leitores que viram o anúncio da Porsche na revista Men's Journal,  17% tiraram uma foto do código 2D.
Os anunciantes e varejistas ainda não estão ganhando tração com a tecnologia. A pesquisa mostra que 14% dos leitores que notaram qualquer anúncio em revistas no primeiro semestre deste ano preferiram visitar o site do anunciante, usando caminhos tradicionais como sites de busca.
Homens e jovens são mais receptivos a essa tecnologia. A pesquisa indica que 6% dos homens que notaram anúncios com códigos 2D tiraram fotos com seus celulares, comparado com 4% de mulheres. Na faixa entre 18 e 34 anos, 6% dos leitores fotografaram os anúncios, comparado com 3% na faixa acima dos 35 anos.
Apesar da penetração total ser de 4%, esse volume é bastante significativo no mercado. Segundo Garrick Schmitt, diretor de plataformas da agência Razorfish, é um número impressionante para uma nova tecnologia, que simplesmente não existia há um ano.
Schmitt disse que as empresas devem continuar experimentando e explorando os códigos 2D. A pesquisa da GfK MRI é um bom ponto de partida para análises mais detalhadas. Nicole Skogg, CEO da SpyderLynk, diz que serão necessárias mais pesquisas para adequar melhor a tecnologia. A SpyderLynk é a criadora dos códigos SnapTags, e do aplicativo que permite a leitura.
Skogg diz que a diferença no uso da tecnologia entre homens e mulheres pode ser mais um problema na formulação dos anúncios do que um reflexo da diferença entre gêneros. A executiva acredita que a maioria dos anúncios com códigos 2D ainda é voltada para o público masculino. Mas ela observa que a SpyderLynk está se focalizando em campanhas voltadas para mulheres, que tiveram resultados muito bons.
O estudo da GfK MRI pode ser um complemento ao estudo da comScore, divulgado na última semana, que mostra que 6,2% dos usuários de celulares nos EUA ativaram um código impresso em junho. Publicações e embalagens são os locais mais clicados pelos celulares.
O painel da GfK MRI inclui 720.000 participantes nos Estados Unidos, para avaliar anúncios impressos e novas tecnologias em 193 publicações.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Neoconsumidor do Brasil é destaque em estudo

De acordo com o 2º Estudo Global Neoconsumidor, realizado pela GS&MD-Gouvêa de Souza em parceria com o Grupo Ebeltoft, os internautas brasileiros estão entre os que mais têm explorado as novas tecnologias para realizar suas compras. Do total de 700 entrevistados no País, 96% deles já realizaram compras pela Internet, contra uma média mundial de 90%.
A pesquisa foi concentrada no consumidor que tem acesso a diversos canais, inclusive aos digitais – Internet , celular e TV interativa – que permitem a realização de compras, comparações e pesquisas online.
Dentro da amostra, 69% dos participantes eram das classes A-B, 23% da classe C e 8% das classes D-E. Ao todo, a pesquisa ouviu 10 500 pessoas em 15 países (Alemanha, Austrália, Brasil, Canadá, Chile, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, França, Itália, México, Portugal, Reino Unido, Romênia e Turquia).
Os brasileiros também mostram utilizam mais os sites de compras coletivas. Mais da metade (51%) dos entrevistados no País já adquiriram produtos ou serviços desta maneira. A média global ficou em 28%.
Outro destaque nacional: entre 2009, data da primeira edição do estudo, e 2011, saltou de 49% para 84% o índice de internautas que buscam na Internet as informações sobre os produtos antes de efetuarem as compras nos pontos de vendas físicos.
Em contrapartida, quando o canal é o celular, o consumidor brasileiro ainda demonstra resistência. O índice de pessoas dispostas a receber propaganda pelo celular caiu de 42% para 37%. Mais: apesar de 35% dos entrevistados afirmarem que o pagamento móvel fará parte do futuro, 22% acreditam que o método não funciona no Brasil.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Auto-pagamento valorizado por consumidores dos EUA

Uma nova pesquisa realizada pela firma Empathica apontou as tecnologias mais valorizadas pelos consumidores em lojas dos EUA e Canadá. As máquinas de auto-pagamento aparecem em primeiro lugar na lista, valorizadas por facilitar a experiência de compras. Sites de e-commerce de uso prático e simples aparecem em segundo lugar, e os quiosques oferecendo informações, cupons e receitas estão em terceiro. Em quarto lugar, estão ofertas e promoções enviadas por email ou celular. Em quinto, o acesso wireless à internet no espaço da loja.
A Empathica entrevistou mais de 16.000 consumidores na América do Norte para gerar o relatório 2011 Consumer Insights Panel. A Empathica tem alguns dos maiores varejistas dos EUA como clientes.
A pesquisa mostra diferenças entre os consumidores dos EUA e Canadá. Enquanto 65% dos consumidores americanos consideram as máquinas de auto-pagamento importantes, apenas 54% dos canadenses pensam assim. Na verdade, mais da metade dos canadenses entrevistados disseram que não encontraram esse tipo de equipamento nos mercados, indicando que a tecnologia não é tão comum no Canadá como é nos EUA.
Segundo Brian Jones, vice-presidente de mercados e produtos industrializados da Empathica, as marcas têm a chance de se diferenciar dos concorrentes ao implementar tecnologias desejadas pelos clientes. O executivo disse que em um ambiente de contínua evolução tecnológica, as lojas precisam avaliar estrategicamente as novas tecnologias, e como elas podem atrair mais consumidores para as lojas.
A pesquisa também apontou diferenças entre homens e mulheres, no que se refere às tecnologias usadas pelas lojas. Cerca de 51% das mulheres avaliaram positivamente as promoções enviadas por email ou celular, em comparação com 46% dos homens. Além de aprovar as ofertas enviadas eletronicamente, a maioria das mulheres (57%) afirmou que um site fácil de usar é essencial para a experiência de compras. Entre os homens, 51% acham que um site fácil de usar é importante.
O estudo mostrou que a tecnologia é um fator cada vez mais importante na experiência de compras, segundo Jones. Ele observa que os varejistas devem avaliar cuidadosamente as tecnologias mais visíveis para o consumidor, com especial atenção para a segmentação da clientela. Essa atenção é essencial, porque o varejista corre o risco de perder consumidores se não souber dosar o uso de novas tecnologias na loja -- levando em conta que há muitos consumidores que rejeitam (ou têm medo) do excesso de máquinas nas lojas.
O Insights Panel revelou ainda que 80% dos consumidores entre 18 e 24 anos acreditam que a tecnologia nas lojas é um fator importante na experiência de compras. Esse percentual cai significativamente em função da idade: apenas 44,5% dos clientes acima de 65 anos concordam com essa afirmação.
Jones disse que à medida em que as gerações atuais se tornam mais velhas, a pressão deve aumentar sobre os varejistas para a implementação de mais tecnologias de serviço. A vantagem para as empresas que investirem em tecnologia será uma base maior de clientes.
Uma pesquisa realizada pela Empathica em 2010 indicou que 78% dos norte-americanos consideravam os supermercados e mercearias como as empresas que mais bem implementaram novas tecnologias. Ganham avaliação negativa nessa pesquisa as redes de fast food, restaurantes populares, lojas de departamentos e hotéis.
O estudo completo pode ser visto no site www.empathica.com/insights.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Comércio eletrônico fatura R$ 8,4 bilhões no semestre e bate recorde

Reporta Felipe Vanini Bruning, na Foha.com, que o comércio on-line brasileiro cresceu 24% no primeiro semestre e alcançou um faturamento recorde de R$ 8,4 bilhões, de acordo com os dados da consultoria e-bit divulgados nesta terça-feira.
Até o fim do ano, a expectativa é que as vendas on-line atinjam R$ 18,7 bilhões de faturamento, um aumento de 18% em relação aos R$ 148 bilhões de receita obtidos em 2010.
O crescimento percentual, porém, é menor do que os 40% contabilizados no ano passado. De acordo com Pedro Guasti, diretor-geral da e-bit, a redução tem conexão com o perfil de vendas de 2010, quando a venda de televisores, que tem maior valor, foi impulsionada pela Copa do Mundo.
"O aumento da taxa de juros e o cenário de instabilidade também motivaram o crescimento menor, embora as vendas on-line ainda tenham crescido bastante", disse Guasti na divulgação da 24ª do relatório Webshoppers.
Os eletroeletrônicos foram a categoria mais vendida, com 13% do volume total de pedidos. Na segunda posição, vieram os produtos de informática, respondendo por 12% das vendas, seguidos por itens de saúde, beleza e medicamentos.
Já a categoria livros, assinaturas de revistas e jornais, que lideraram o ranking em edições anteriores, ficaram em 4º lugar.
Segundo a pesquisa, 61% dos novos entrantes no comércio on-line tinham renda de até R$ 3.000.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Comércio eletrônico espera faturar R$ 625 milhões

O crescimento da renda, principalmente dos jovens que estão no mercado de trabalho, é um dos fatores para o aumento das vendas
São Paulo - Segundo dados do E-bit, empresa especializada em informações do setor de comércio eletrônico, o Dia dos Pais irá movimentar R$ 625 milhões, aumento de 20% em relação ao mesmo período do ano passado.
O crescimento da renda, principalmente dos jovens que estão no mercado de trabalho, é um dos fatores para o aumento das vendas. Além disso, os jovens procuram produtos com alto valor agregado como MP3 players, câmeras digitais, barbeadores, games etc.
A expectativa para o ano todo é que o e-commerce brasileiro movimente R$ 20 bilhões até o final de 2011, 30% a mais do que em relação a 2010.
Shoppings
Apesar da instabilidade econômica dos últimos dias e das restrições de crédito, o paulistano está saindo às compras para presentear no Dia dos Pais. Os shoppings centers da cidade estão lotados. De acordo com a Alshop, a venda nos shoppings do Brasil representa cerca de 16% do volume de vendas do mercado de varejo nacional.
A capital paulista tem mais de 70 shoppings centers. Um dos mais movimentados de São Paulo, o shopping Ibirapuera, que recebe todo o mês cerca de 2 milhões de visitantes, espera um crescimento de 11% nas vendas (comparados ao ano passado).
Eletrônicos, calçados, vestuário e até mesmo itens colecionáveis. De acordo com a assessoria do shopping, deverá haver um aumento de 8% no fluxo de clientes em suas 435 lojas.
No Shopping Eldorado, além do movimento habitual do Dia dos Pais, acontece a Mostra Piauí Sampa 2011, realizada pelo Sebrae com apoio do governo do Piauí e da prefeitura de Teresina. Centenas de pessoas visitam por dia o evento, que termina exatamente no próximo domingo.
“Estamos vendendo muito para as mães e filhas, que chegam aqui e não resistem também em comprar um presente para si mesma ou então presentear mais alguém”, diz a empresária Lenilce Chaves Bittencourt, que produz biojóias.
O shopping Eldorado prevê aumento de 15% nas vendas e 12% no movimento de público durante toda a semana. As previsões de aumento nas vendas variam de 2% a 3% (Fecomercio) até 12% (Câmara de Dirigentes Lojistas).

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Groupon tem prejuízo de US$102,7 milhões

Reporta Alistair Barr, na Reuters, que o prejuízo do Groupon no segundo trimestre mais que dobrou, depois que a empresa contratou mais de mil funcionários novos. No mesmo período, entretanto, a companhia de cupons de desconto via Internet reduziu seus custos de marketing.
O faturamento do Groupon subiu a 878 milhões de dólares no segundo trimestre, ante 644,7 milhões de dólares no primeiro trimestre e 87,3 milhões de dólares no mesmo período em 2010.
Os números mostram que o ritmo de crescimento da companhia desacelerou. A receita cresceu 36 por cento no segundo trimestre, enquanto no primeiro havia saltado 63 por cento.
O prejuízo líquido do período foi de 102,7 milhões de dólares, em linha com o do primeiro trimestre e mais que o dobro dos 36,8 milhões de dólares apurados no segundo trimestre de 2010.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

O botão de US$ 300 milhões

O caso não é exatamente novo. Ocorreu em 2009, e quem narra é Jared Spool, um dos mais renomados especialistas mundiais em interfaces e usabilidade, e fundador da User Interface Engineering.  
Spool foi consultado por Luke Wroblewski, autor de "Web Form Design: Filling in the Blanks" ("Design de Formulários na Web: Preenchendo os Espaços", em tradução livre. O livro está disponível na Amazon.com por US$ 39,00). Wroblewski queria um exemplo de uma mudança no design de um formulário online que tivesse causado impacto significativo nos negócios. Spool perguntou a Wroblewski: "que tal uma modificação que causou um aumento de US$ 300 milhões no faturamento?"
No artigo que Spool escreveu para o livro de Wroblewski, ele fala sobre um grande varejista online que tinha um problema com o cadastro de clientes -- ele simplesmente não funcionava para aumentar as vendas. No site, havia um formulário muito simples para os usuários. Dois campos, Endereço de Email e Senha. E dois botões, Login e Register. Esse modelo é o formulário de registro mais comum nos sites de comércio.
O problema não era no layout, mas na relação dos usuários com esse cadastro. O cliente se depararia com o formulário logo depois de encher o carrinho de compras, antes de concluir o pagamento.
Os designers acharam que esse cadastro facilitaria a vida dos clientes, tornando mais rápidas as compras dos clientes frequentes. Os compradores de primeira visita não se incomodariam em perder alguns instantes preenchendo o cadastro, porque isso facilitaria a compras futuras, e todos ganhariam. Mas eles estavam errados.
Spool disse que realizou testes de usabilidade com pessoas que queriam comprar produtos do varejista. Os voluntários forneceram suas listas de compras e a firma de Spool deu o dinheiro para eles comprarem os produtos. Eles deveriam relatar todas suas impressões sobre a experiência de compras no site. A primeira conclusão: os compradores de primeira viagem no site se incomodavam com o cadastro. O formulário, embora simples, era um incômodo. Um usuário disse: "não entrei no site para criar um relacionamento, mas para comprar um produto".
Outros usuários não conseguiam lembrar se era a primeira vez que visitavam o site, e se frustravam quando as combinações de email e senha não davam acesso.  Muitos reclamaram que aquele cadastro era inútil, que só servia para que o varejista entupisse suas caixas postais com mensagens e promoções indesejadas. Outros suspeitavam de coisas piores, como invasão de privacidade e venda de dados pessoais para terceiros.
Os clientes regulares também não estavam contentes. Poucos se lembravam da combinação entre email e senha. Muitos tinham vários endereços de email, e não lembravam qual tinham usado no cadastro. O botão "esqueceu a senha?" não era de muita ajuda, quando o usuário não lembrava para qual email a senha foi enviada. A empresa de Spool descobriu que 45% dos clientes do site tinham vários cadastro no sistema, alguns até com 10 registros diferentes. Em vez de facilitar as compras, esse cadastro fazia o varejista perder milhões em vendas.
A solução foi simples. Os designers eliminaram o botão de Registro. Em seu lugar, colocaram um botão de "Continuar", informando ao cliente que não era preciso criar uma conta antes de completar as compras no site. Se o cliente desejasse, ele poderia criar um cadastro DEPOIS das compras.
O resultado: em pouco tempo, o número de clientes subiu 45%. As vendas extras chegaram a US$ 15 milhões no primeiro mês. Em um ano, o valor atingiu US$ 300.000.000. Tudo por conta da troca de um botão.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Dia dos Pais deve movimentar R$ 625 milhões no e-commerce

O Dia dos Pais chega atraindo a atenção dos lojistas e consumidores virtuais. De acordo com a e-bit, empresa especializada em informações de e-commerce, devem ser movimentados R$ 625 milhões na data sazonal, o que representaria um acréscimo de 20% em relação a 2010, quando o faturamento foi de R$ 520 milhões. O período para considerado é entre 31 de julho e 13 de agosto de 2011.
A preferência dos filhos em presentearem seus pais com produtos de maior valor agregado é uma das características da data. De acordo com a previsão, as categorias Eletrônicos (de grande e pequeno porte, como televisores, MP3 players, câmeras digitais, barbeadores, etc.), além de artigos de Informática, e Acessórios Automotivos devem ganhar relevância nas vendas online. Com isso, o tíquete médio deve fechar em torno de R$ 330,00.

Groupalia quer estar entre os três maiores

Reporta Janaina Langsdorff, no Meio & Mensagem, que a espanhola Groupalia esquenta os negócios no mercado brasileiro de compras coletivas com um investimento de R$ 16,3 milhões para se posicionar entre os três maiores players do setor, que hoje é disputado por Groupon, ClickOn, Peixe Urbano e Imperdível. Com 14,5 milhões de usuários únicos em maio, segundo o Ibope Nielsen Online, o País acaba de se transformar no maior mercado mundial do grupo e ganhará 40% dos R$ 40,8 milhões que a empresa pretende aplicar nos sete países onde hoje está presente.
A operação brasileira, que cresce a um ritmo de 20% ao ano, representa aproximadamente 30% dos € 120 milhões que a empresa deve faturar globalmente em 2011. O marketing deve ficar com quase 70% do total do investimento previsto para o Brasil, disse Marcel Rafart, presidente global da Groupalia, em entrevista publicada na edição dessa segunda-feira, 08, pelo jornal Valor Econômico.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Walmart lança portal colaborativo com fornecedores

O Walmart anunciou que vai lançar em agosto o Customer Advantage nos EUA, um portal na web para o planejamento colaborativo com seus fornecedores, que usará um banco de dados sobre as preferências dos consumidores.
Segundo Cindy Davis, vice-presidente de clientes globais do Walmart, a solução Customer Advantage servirá para identificar e avaliar as oportunidades em vários segmentos e categorias de consumidores, o que vai ajudar o Walmart e seus parceiros a ampliar os negócios.
A plataforma Customer Advantage é baseada nas tecnologias e ferramentas analíticas criadas pela SymphonyIRI (ex-Information Resources Inc). Com a plataforma, o varejista poderá criar processos de planejamento colaborativo a partir de insights sobre hábitos de consumo e gerando relatórios sob medida entre o Walmart e seus fornecedores.
Ao partilhar as informações sobre os compradores, o Walmart e seus fornecedores terão mais recursos para planejamentos conjuntos, ações de marketing e projeções de crescimento.
Além disso, a maior rede de varejo do mundo comunicou que vai voltar a partilhar seus dados de vendas com a firma de pesquisas Nielsen, depois de mais de uma década fora do compartilhamento de dados no setor.
A volta do Walmart ao banco de dados da Nielsen é um ótima notícia para o setor. Como a empresa responde por cerca de um terço das vendas de produtos de consumo, a ausência do Walmart era uma falta muito sentida para o setor. Segundo John Lewis, presidente da divisão de consumo da América do Norte da Nielsen, a participação do Walmart na base de dados reforça a importância das informações e análises de negócios no momento atual do varejo. O Walmart não revela os termos do acordo com a Nilsen, mas a firma de pesquisa será o maior fornecedor de dados, ferramentas e treinamento para o Walmart.
A decisão do Walmart de partilhar seus dados de consumidores e vendas, e especialmente os padrões de consumo de seus clientes é em boa parte uma reação ao desempenho morno das lojas da rede nos EUA. O varejista amarga oito trimestres seguidos (dois anos completos) de quedas nas vendas domésticas.
No trimestre encerrado em 29 de abril, o Walmart registrou queda de 1,1% nas vendas, apesar do crescimento de 4,2% na bandeira Sam's Club. O maior crescimento foi registrado na divisão Walmart International, que reúne as lojas fora dos EUA -- as vendas subiram 11,5% no trimestre, que é o primeiro trimestre fiscal de 2012 para a empresa.
Além disso, a estratégia tradicional de crescimento do Walmart (a abertura de novas lojas) tem sofrido o impacto não somente da recessão americana como também pela falta de mercados disponíveis. 
Apesar dos grandes esforços do Walmart para entrar em mercados metropolitanos ricos como Chicago e Nova York, a expansão está sendo retardada por leis de zoneamento muito restritivas nessas cidades e por campanhas de sindicatos de trabalhadores do setor, que se preocupam com o histórico de práticas trabalhistas da empresa. Em outro flanco, o Walmart anunciou que pretende abrir entre 275 e 300 lojas em áreas chamadas de "desertos alimentares", onde há poucas opções para uma alimentação saudável a preços acessíveis. O projeto faz parte da iniciativa Partnership for a Healthier America lançada pela primeira-dama Michelle Obama. Com isso, a empresa quer combater os focos de resistência, melhorar a imagem e revigorar o crescimento interno.

Carrefour usa "Revolução das Mídias Sociais"

Segundo nota do Adnews, teve início a segunda edição do "Especial de Tecnologia Carrefour", com ofertas variadas de produtos deste segmento como TV's, computadores, monitores e tablets. A campanha tem duração de  duas semanas nos mesmos moldes da ação já feita em março deste ano.
 Para divulgá-la a F/Nazca escolheu como tema  a "Revolução das Mídias Socias" e escolheu como protagonista da campanha o vlogueiro e VJ da MTV PC Siqueira. Figura famosa na internet, PC Siqueira mantém há quase um ano o videoblog Maspoxavida no You Tube, com quase 500 mil seguidores e cujos videos já atingiram mais de 70 milhões de views. Com este blog ele  tem a segunda maior audiência do mundo no You Tube.
 PC Siqueira estará em vídeo criado especialmente para ser veiculado no brand channel do Carrefour - youtube/carrefourbrasil, a partir do dia 2/08, em anuncios para revista, peças online e material de PDV.  Ele também fará visitas as lojas do hipermercado em  Interlagos e Osasco,  onde participará de atividades com os clientes. 
A campanha conta ainda com um filme para  TV e será veiculada em jornal, PDV, mídia alternativa (TV em metrô), rádio e internet entre período 1º a 14/08. O regulamento da promoção pode ser consultado no site: www.grupocarrefour.com.br/especialdatecnologia.  

Veja o vídeo:


Classe de baixa renda invade e-commerce

Segundo nota do Adnews, o público de baixa renda vem ganhando cada vez mais espaço no e-commerce brasileiro. De acordo com dados levantados pela e-bit, empresa especializada em informações do setor, 61% dos novos entrantes no primeiro semestre de 2011 possuem renda familiar igual ou menor a R$ 3 mil.
 Nos últimos anos, a entrada desse público no comércio eletrônico aumentou de forma significativa, comprovando que o consumidor das classes menos abastadas está conectado e fazendo suas compras via web.
Para se ter uma ideia do avanço, em 2009, 44,6% do total de e-consumidores do mercado pertenciam, na melhor das hipóteses, à classe C. No primeiro semestre de 2011, esse mesmo número subiu para 46,5%, o que corresponde a aproximadamente 5 milhões de novos consumidores durante esse intervalo de tempo.
“O crescimento da baixa renda no e-commerce é relevante e deve continuar em evidência para os próximos anos. Percebemos que esse consumidor chega ao novo canal já adquirindo produtos de alto valor agregado como eletrodomésticos, eletrônicos e artigos de informática. A partir dessa primeira experiência, muitas vezes parcelada em 12 vezes sem juros no cartão de crédito, esse indivíduo passa a considerar a internet como novo canal de compras no seu repertório de opções”, avalia Alexandre Umberti, diretor de marketing e produtos da e-bit.

O que a web pode fazer pelas farmácias ?

Reporta Janaina Langsdorff, no Meio & Mensagem, que o comércio eletrônico de produtos de higiene, saúde e beleza oferece oportunidades promissores de negócios para o varejo farmacêutico nos próximos anos. Dados da Nielsen revelam que esse tipo de compra nas farmácias e drogarias aumentou de 59,9% em 2009 para 61,9% em 2010. Na Classe C, o incremento foi de 22% somente entre janeiro e março de 2011, conforme a Kantar Worldpanel. Essa elevação é impulsionada justamente pelo aumento da renda das classes emergentes, que passaram a ter mais acesso a produtos de higiene e beleza, setor que faturou R$ 31,12 bilhões em 2011, mantendo o Brasil como o terceiro maior mercado do mundo, de acordo com a Abihpec (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos).
Leia o restante da reportagem aqui.