terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Peixe Urbano quer atuar em outros países

Em entrevista para a IstoÉ Dinheiro, Alex Tabor, fundador e diretor de tecnologia do site de compras coletivas Peixe Urbano, fala sobre os planos da empresa para 2011.

IstoÉ
: No Brasil, o Peixe Urbano é líder em compras coletivas, mas sofre forte concorrência. Vocês planejam atuar em outros países?
Alex Tabor: Sem dúvida. Isso deve acontecer em 2011, mas ainda não definimos o modelo. Podemos tanto nos juntar a algum parceiro como fazer isso de maneira solo. Somos sinônimos de compra coletiva no Brasil e queremos ser na América Latina. Apesar do nosso rápido crescimento, esse é um negócio que dá os primeiros passos.
IstoÉ:Quantos usuários vocês têm? E quantos já fizeram compras?
Tabor: Temos mais de cinco milhões de usuários cadastrados. E isso só com oito meses de operação. Em agosto tínhamos um milhão. É um crescimento orgânico permitido pelas redes sociais. Do nosso total de usuários, cerca de 20% já fizeram compras. E metade volta para fazer uma segunda compra. Já os novos usuários demoram em média cerca de seis semanas para fazer a primeira compra.
IstoÉ: Há planos de criação de aplicativos para plataformas móveis?
Tabor: Sim. Queremos lançar nosso aplicativo para iPhone até o final do ano. Depois virá o iPad e Android. Isso trará uma série de novas possibilidades, como ofertas geolocalizadas. O usuário vai poder receber uma nova oferta de acordo com o local onde ele está.

"Apps" para o varejo

Com o crescimento do uso dos smartphones nas compras, um novo setor está prosperando velozmente: os aplicativos (“apps”) com funções específicas para auxiliar os consumidores. Dezenas de novos aplicativos surgem a cada semana, tanto pagos quantos gratuitos.
O app TheFind  criado há pouco mais de um mês, já foi baixado quase 500.000 vezes nos EUA, segundo dados da empresa. O RedLaser , um aplicativo que permite que o usuário escaneie códigos de barras nas lojas para comparar produtos e preços, já foi baixado seis milhões de vezes desde o seu lançamento em maio de 2009, segundo o site eBay, que criou o app.
Os especialistas em varejo observam que essa tendência de “transparência de preços” criada pelas tecnologias móveis causará um forte impacto nas lojas e redes comerciais. Segundo Noam Paransky, da consultoria Kurt Salmon Associates, somente as grandes redes podem entrar no jogo pesado do menor preço em todos os produtos. Paransky diz que a tecnologia vai acelerar o desaparecimento de varejistas que não podem oferecer preços menores ou que não têm um diferencial atraente em suas lojas.
A crise financeira dos anos 2008/09 deixou mais frugais os consumidores dos países desenvolvidos, e um número crescente de compradores usa todas as tecnologias disponíveis para localizar os preços mais baixos. A comparação de preços via smartphone está tornando difícil para os varejistas cobrar preços mais altos nas lojas físicas do que nos sites. De acordo com Laura Conrad, presidente do site de comparação de preços PriceGrabber.com, a linha que separava lojas offline e online foi borrada, apesar dos custos mais altos das lojas de cimento e tijolos.
Esse uso maior das tecnologias móveis também ameaça alguns dos aspectos mais lucrativos das vendas em lojas físicas, como a possibilidade de usar vendedores para convencer os consumidores a fazerem compras de impulso, ou levá-los a comprar outros itens além da lista da compras original. Um estudo recente da consultoria Accenture realizado em 10 países este ano revelou que 73% dos compradores com smartphones preferiam checar informações em seus aparelhos a pedir assistência a um vendedor na loja.
Mas os varejistas também estão vendo um lado positivo nessa tendência: usando promoções estratégicas e apps próprios, os lojistas podem atingir os consumidores nas lojas dos concorrentes, durante as compras. Por exemplo, a rede Best Buy fez uma parceria com a TheFind para enviar anúncios e ofertas personalizadas para os usuários, no momento em que o aplicativo detecta que o consumidor está dentro de uma loja concorrente, como o Wal-Mart.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Smartphones assustam varejistas

A cena é cada vez mais frequente em lojas dos EUA e Europa: o consumidor encontra um produto desejado na prateleira, mas acha o preço muito alto. Imediatamente, saca do bolso um iPhone ou similar e faz uma rápida comparação de preços via internet. Em muitos casos, encontra um preço melhor em outra loja (física ou online), e sai da primeira loja sem realizar a compra. E isso é só um exemplo da revolução que os smartphones estão provocando no varejo. Os varejistas têm muito a ganhar com a ascensão dessa tecnologia, mas também tem motivos para temer seu impacto.
Segundo Mike Duke, executivo-chefe da rede Wal-Mart, os smartphones criam uma "nova era de transparência" nos preços e ofertas, e deve virar de cabeça para baixo o modelo de negócios das redes de varejo. Até recentemente, os varejistas apostavam em promoções especiais para atrair o consumidor para a loja. Já dentro da loja, seria fácil convencer o cliente a comprar outros itens, com margem de lucro maior. Agora, as empresas têm de encarar o fato de que, munido de um smartphone, o consumidor não precisa sair dos corredores da loja para checar se as ofertas em destaque são realmente atraentes, e se as outras mercadorias em exposição estão com bom preço.
Greg Girard, analista da consultoria IDC Retail Insights, aponta que a tecnologia corrói algumas vantagens dos varejistas, que ficam com margens estreitas de lucros. Especialmente na temporada de compras de final de ano, os consumidores tentam equilibrar seus orçamentos de presentes e festas buscando freneticamente as melhores ofertas e condições -- e o smartphone é a ferramenta ideal para isso. Como resultado, os varejistas entram numa feroz competição por promoções e condições especiais (entrega gratuita é um dos maiores destaques). Girard diz que cerca de 45% dos usuários de smartphones já adotaram o hábito de usar o aparelho para comparações de preços durante as compras. Segundo o analista, a tecnologia tornou "porosas" as paredes das lojas.
Os comerciantes mais afetados por essa tendência são aqueles que vendem itens de marcas famosas com grande procura, como eletrônicos e eletrodomésticos, que estimulam a comparação instantânea de preços. A Best Buy, maior rede de produtos eletrônicos dos EUA, anunciou que pode perder market share este ano, um declínio que alguns analistas do setor atribuem ao crescimento do uso de aplicativos de comparação de preço.
Os usuários mais assíduos de smartphones com "apps" de varejo ainda são um pequeno subgrupo entre os consumidores. As pesquisas de mercado ainda não dão uma ideia clara de quantos consumidores nos EUA estão dispostos a usar essa nova tecnologia para comparar preços -- alguns compradores podem só querer usar os aplicativos quando estiverem buscando itens muito caros ou incomuns.
Em novembro de 2009, os consumidores usando smartphones nas compras representaram apenas 0,1% das visitas aos sites de e-commerce, de acordo com dados da Coremetrics, uma divisão da IBM que avalia as atividades de e-commerce. Este ano, na sexta-feira depois do Dia de Ação de Graças ("Black Friday"), esses consumidores atingiram 5,6% do total -- um crescimento de mais de 50 vezes.
Os analistas de comércio eletrônico preveem uma explosão no uso de apps de compras, à medida em que os consumidores trocam seus celulares comuns por smartphones. Já existem dezenas de aplicativos disponíveis, e os programadores estão criando muitos outros para transformarem os smartphones em verdadeiras armas para as compras. Muitos combinam o uso de câmeras que leem códigos de barra e códigos QR, e outros permitem que o usuário simplesmente fale o nome do produto desejado para iniciar uma pesquisa.

"Vishing" é nova ameaça à segurança para os consumidores online

O vishing é uma nova prática criminosa que consiste em utilizar engenharia social com recursos de automação telefônica para explorar as facilidades da rede pública de telefonia com o objetivo de obter vantagens ilícitas tais como realizar compras ou saques em nome das vítimas.
Alexis Panagides, CEO da Inova Tecnologias, ressalta a importância que o setor de TI deve dar ao vishing: ?Nós projetamos e administramos sistemas de e-mail de empresas, de provedores de Internet e de órgãos do governo, então investir em inteligência e prevenção contra novas ameaças é muito importante para nós. Embora  aconteça através dos sistemas telefônicos, o vishing pode ser usado para identificar vulnerabilidades em outros sistemas e os times de segurança precisam cooperar entre si.
As tecnologias de Voz sobre IP (VoIP) barateou os recursos avançados de telefonia, facilitando a vida de usuários e de empresas, mas também podem ser utilizados para se obter acesso a informações pessoais ou financeiras privativas de pessoas ou empresas.
O termo vishing é uma combinação entre as palavras do idioma voice e phishing do idioma inglês. Phishing, por sua vez, é um termo derivado da imagem de pescar, um tipo de fraude caracterizada pelo envio de iscas eletrônicas que imitam pessoa ou empresa confiável, utilizada para obter informações sigilosas das vítimas.
O Vishing é uma sofisticação do Phishing. Em vez de falsificar o e-mail ou o site de uma entidade, o criminoso cria um ambiente de atendimento telefônico que se pareça com o de uma entidade confiável, como um banco ou órgão do governo.
As vítimas de vishing normalmente não estão suficientemente informadas sobre a possibilidade de falsificação do número de identificação de chamada, popularmente conhecido como bina, e dos recursos de automação telefônica disponíveis a baixo custo. O avanço e o barateamento da tecnologia ajudaram a difundir técnicas e facilidades de automação de serviços telefônicos que no passado estavam restritas a grandes empresas com recursos para adquirir equipamentos caros e sofisticados.
Como acontece o vishing?
   1. O criminoso configura um sistema de callcenter para ligar para os números de telefone de uma determinada região ou para acessar sistemas de voz com listas de números telefônicos roubados de alguma instituição.
   2. Quando uma vítima atende uma ligação ouve uma mensagem gravada informando que foi detectada atividade fraudulenta ou incomum em sua conta bancárias. A mensagem instrui o usuário a ligar imediatamente para um determinado número, normalmente exibido em seu identificador de chamadas.
   3. Ao ligar para o número informado, a ligação é atendida por um sistema automático, que solicita ao usuário a digitação do número do seu cartão de crédito e de seus dados bancários
   4. Uma vez que o usuário informa seus dados, o criminoso tem condições de obter acesso a sistemas privativos, inclusive a contas bancárias, ou utilizar o cartão de crédito para compras em nome do usuário
   5. A chamada pode obter do usuário informações de segurança complementares como PIN, data de expiração, data de nascimento etc.
Como se proteger?
Para se proteger, a população precisa suspeitar de qualquer solicitação de dados pessoais como números de cartão de crédito ou dados bancários. Ao falar com uma pessoa, em vez de fornecer informações, é melhor solicitar um número de protocolo e ligar para um número previamente conhecido, como o que está impresso no cartão bancário.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

O "cross-channel" beneficia o varejo

Em uma palestra recente, Chris Ladd, vice-presidente de varejo e internet da marca de calçados Crocs, disse que é um erro desconsiderar o varejo "cross-channel", que promove o cruzamento de várias plataformas de vendas. Ladd estava passando um recado indireto para Jamie Nordstrom, presidente da rede de lojas Nordstrom Direct, que declarou ao New York Times que os "consumidores que usam sistemas cross-channel gastam quatro vez mais tempo nas compras que os compradores de lojas tradicionais".
Chris Ladd também é um veterano no setor de varejo dos EUA, mas ele nunca trabalhou com lojas de cimento-e-tijolo. Sua carreira foi construída sobre o comércio online e outras tecnologias eletrônicas, e só agora ele também supervisiona as lojas físicas. Com esse currículo, Ladd tem uma perspectiva mais atualizada sobre o varejo cross-channel.
A Crocs é uma das maiores histórias de sucesso no varejo dos últimos cinco anos, em boa parte pelo investimento maciço em múltiplos canais de venda e distribuição. A Crocs começou como uma pequena operação em 2005, vendendo um único modelo de tamanco feito de resina plástica. Hoje, a marca vende 250 modelos de caçados em 120 países, com 777 parceiras de varejo, 69 lojas próprias e 23 sites globais de e-commerce. Depois de abrir seu capital em 2008, a Crocs deve fechar 2010 com faturamento de US$ 850 milhões, 61% gerados nos mercados globais -- as vendas superam 140 milhões de pares de calçados.
Ladd enumera 10 estratégias que ajudaram a Crocs a expandir sua presença e canais de venda em escala mundial:
1)    Quiosques de internet nas lojas. Os consumidores que fazem pedidos através do quiosque recebem sua encomenda através de um centro de distribuição, e a loja de cimento-e-tijolo recebe uma comissão pela venda.
2)    Adotar o aplicativo Red Laser para aparelhos de mã, como smartphones e scanners da própria loja. Esse aplicativo de leitura de código de barras permite que os consumidores vejam informações detalhadas e possam comparar produtos. O app foi baixado mais de 4 milhões de vezes.
3)    Cupons e promoções via SMS. Este é um fenômeno global de grande importância para o varejo. Além de ser um meio eficiente de apresentar ofertas, permite a criação de um banco de dados de clientes.
4)    Crie um programa "drop-ship. Este sistema permite que a marca terceirize tanto a venda como a distribuição do produto, sem precisar se preocupar em estocar ou distribuir as mercadorias.
5)     Aceite cupons gerados via internet. Você pode usar códigos de barra, mas isso não é obrigatório. Basta digitar o código na máquina registradora.
6)    Indique as lojas preferenciais de sua marca no site. Quando os clientes se cadastrar, a loja mais próxima ficará em destaque na página.
7)    A web é uma ferramenta da loja. Não é apenas comércio, trata-se de acrescentar utilidade e valor. O essencial é unir o que está na loja física com o que está no site.
8)    Invista em programas de fidelidade e participação. Os prêmios não precisam ser apenas em volume de compras, mas devem ajudar a divulgar a marca com boas promoções nos sites sociais.
9)     Vales-presentes e carteira móvel. O site Swagg.com é um bom exemplo de sistema que permite criar vales-presentes através do celular.
10)     Vendas coordenadas. As operações online e offline precisam funcionar totalmente integradas, em completa harmonia.

Só rádio e freezer não aproveitam expansão nas vendas de eletros

Segundo nota da Folha de S. Paulo, com a expansão do consumo nos últimos anos, cresceu a participação dos eletrodomésticos e eletrônicos nas residências brasileiras. De 2002 para 2009, mais famílias passaram a ter TV colorida, geladeira, máquina de lavar roupa e microcomputador. As exceções são o rádio e o freezer.
No primeiro caso, a presença ficou estável; no segundo, caiu de 18% para 15%. Os dados fazem parte do levantamento realizado pelo Instituto Data Popular, com dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), do IBGE, com informações de 2002 e 2009.
"O rádio passou a estar presente em outros produtos, como celulares e aparelhos de DVD. Virou um acessório e, por isso, não houve uma evolução dele nos últimos anos", afirma Renato Meirelles, sócio-diretor do Data Popular.
Já no caso do freezer, as famílias cada vez mais substituem o produto pelas geladeiras dúplex (com duas portas). "Antigamente havia a necessidade de estocar alimentos, por causa da inflação alta. Isso não ocorre mais", afirma.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Cidade chinesa fornece cerca de 80% dos produtos natalinos comercializados no mundo

Segundo nota da Folha de S. Paulo, a cidade de Yiwu, a 350 quilômetros de Xangai, possui centenas de fábricas e milhares de lojas dedicadas só a produtos natalinos. Ela fica no coração industrial da China, de onde saem boa parte dos artigos exportados para outros países.
De acordo com fontes locais, Yiwu fornece quase 80% dos produtos comercializados no Natal em todo o planeta. Só no ano passado foram vendidos 350 mil toneladas de objetos.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Compradores online estão impacientes

Um estudo recente da empresa de aplicativos Gomez  indica que os consumidores online estão cada vez mais impacientes com sites e aplicativos móveis de e-commerce que se mostrem lentos ou pouco confiáveis.
Segundo a pesquisa, a velocidade é uma fator cada vez mais relevante no acesso a sites e aplicativos:
•    Quase um terço (32%) dos consumidores abandonam o site em até 5 segundos se ele demorar para carregar.
•    Os sites lentos são muito comuns: dois terços (67%) dos entrevistados disseram que encontram sites lentos pelo menos uma vez por semana, e isso frustra a experiência de compras.
•    A lentidão faz com que mais de um terço (37%) considere não voltar a visitar o site.
•    27% dizem que um site lento aumenta a possibilidade de visitar um site concorrente.
•    Mais de 80% dos usuários disseram que já enfrentaram algum problema com um site comercial -- como completar uma compra ou realizar uma transação.
•    Quase a metade dos entrevistados (47%) disseram que abandonam o site quando não conseguem completar a tarefa que desejavam.
Com a explosão do acesso aos sites de varejo por smartphones e outros aparelhos móveis, a questão da velocidade também se tornou crítica.
•    67% dos consultados disseram que usam um aparelho móvel para navegar na web e fazer compras.
•    17% dos usuários móveis disseram que não esperam mais do que 5 segundos para um site carregar no celular, depois abandonam o site.
•    Metade dos usuários móveis espera que os sites no celular carreguem tão ou mais rapidamente do que no PC.
•    Os usuários móveis dizem que os dois maiores problemas dos sites de e-commerce em celulares são a velocidade de carregamento e a formatação inadequada, que deixa o site difícil de ler ou de navegar no aparelho móvel.
•    Para 20% desses usuários, os piores problemas são sites que travam ou que ficam fora do ar.
Segundo Imad Mouline, executivo de tecnologia da Gomez, uma recente análise de 500 milhões de transações individuais na web mostra que um atraso de poucos segundos no carregamento do site eleva muito a taxa de abandono do site. Se o usuário esperar dois segundos além do prazo normal, a taxa de abandono chega a 8% -- mas com 8 segundos de espera extra, essa taxa dispara para 38%. O executivo observa que apesar da velocidade ser um fator crítico para os sites comerciais, muitos varejistas estão hospedando sites e aplicativos em "cloud computing", onde os padrões de desempenho ainda não estão consolidados.
Mouline diz que apesar desses problemas, a pesquisa mostra que mais de 32% de áreas críticas em sites comerciais (como o check-out de compras) tem pelo menos um componente localizado no serviço EC2 da Amazon.com. O executivo constata que o ritmo da adoção da computação em nuvem está muito acelerado nos sites de varejo, e em alguns casos a empresa mal suspeita disso. Um moderno site de varejo usa hoje vários serviços terceirizados, alguns dos quais ficam hospedados na nuvem. As soluções podem ser boas para a empresa, dando agilidade e reduzindo custos de TI.  Mas o outro lado da moeda é que o varejista perde a visibilidade sobre quão estável é o componente, quando ele reside em um datacenter. É essencial que o varejista selecione bem os componentes mais importantes de seu site de e-commerce, e monitore continuamente o desempenho de cada operação.
O estudo da Gomez pode ser baixado em PDF gratuito em:
http://www.gomez.com/wp-content/downloads/GomezWebSpeedSurvey.pdf

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

IBOPE Mídia traça perfil do e-commerce brasileiro

Estudo do IBOPE Mídia revela que comprador eletrônico concentra-se, predominantemente, na classe AB, tem grau mais alto de escolaridade, quer produtos de uso pessoal e gasta, em média R$ 118 por mês


O desenvolvimento do setor de compras online e das lojas virtuais no Brasil é incontestável. Mas pouco se sabe, ainda, sobre o perfil dos clientes. O IBOPE Mídia, por meio de uma pesquisa exclusiva com internautas, o TG.net, traçou um amplo perfil do consumidor de e-commerce brasileiro. O estudo analisou dados demográficos e comportamentais dos consumidores, suas preferências, opiniões e atitudes e o que pretendem comprar.
Segundo a pesquisa, o consumidor eletrônico ainda está situado, predominantemente, na classe AB, tem grau mais alto de escolaridade, compra produtos de uso pessoal e gasta, em média, R$ 118 por mês.
Perfil do cliente e-commerce
A classe AB é responsável por 61% do total do e-commerce, a classe C, responde por 35% dos consumidores virtuais e a classe DE representa 4%.
A parcela compreendida entre os 25 e 44 anos de idade é a maioria entre os consumidores das lojas virtuais, sendo 48% da população que realiza compras pela internet. O estudo mostra, também, que 15% dos consumidores têm entre 15 e 19 anos e 17% entre 20 e 24 anos. Outros 13% têm de 45 a 54 anos e apenas 6% têm entre 55 e 64 anos. A idade média do consumidor das lojas virtuais é de 33 anos.
Os homens estão mais habituados a comprar pela internet: 54% ante 46% das mulheres.
A parcela de solteiros também é mais representativa (49% na comparação com os casados – 41%). O estudo revelou, ainda, que 36% estão matriculados em instituições de ensino e até 32% falam uma segunda língua.
As cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo respondem por 37% do total dos compradores.
Preferências
Cerca de 80% dos internautas usam a internet para comparar preços, 25% buscam um carro novo e 18% realizam compras profissionais. Cerca de 43% dos internautas costumam recorrer à internet antes de realizar compras e, se o produto tiver valor superior a R$ 1.500, é na web que buscarão mais informações.
Mais de 66% dos consumidores online realizaram de uma a cinco compras nos últimos seis meses e 30% gastaram, pelo menos, R$ 224.
Entre os produtos preferidos por esses consumidores estão: livros (30%), telefones e acessórios para celulares (20%), eletrodomésticos (18%) e produtos de tecnologia pessoal (17%), como câmeras digitais, leitores de MP3.
Nos próximos seis meses, 25% pretendem comprar câmera digital, 17% telefone celular 3G, 17% telefone celular com câmera e 15% iPhone.
Metodologia
O TG.net é uma pesquisa online realizada com 2.500 internautas do Brasil.  Fusionada com a base regular do Target Group Index, permite um banco único, com um universo de mais de 61 milhões de pessoas entre 15 e 64 anos.
O levantamento foi realizado entre maio e junho de 2010, nos mercados de: São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (BH), Porto Alegre (RS), Curitiba (PR) e Distrito Federal (DF), além de Goiânia, Nordeste, São Paulo Interior e Interior do Sul e Sudeste.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Compra coletiva online, agora em prestações

Segundo o Valor Online, o primeiro Natal dos sites de compras coletivas será comemorado com prestações. A febre dos endereços eletrônicos que oferecem produtos e serviços a preços de "atacado", desde que adquiridos no mesmo momento por uma leva de internautas diferentes, começa a evoluir para um modelo mais próximo do praticado nas lojas físicas. A partir deste mês, será possível encontrar promoções pela metade do preço convencional, divididas em até 10 vezes sem juros, nos principais sites da categoria como Oferta X, Peixe Urbano, Click On e Groupon. Até agora, alguns desses endereços ofereciam essa opção apenas com juros, por meio de empresas especializadas em pagamentos on-line.
"A oferta de compras parceladas pode pelo menos dobrar o nosso tíquete-médio, que hoje está em R$ 100", diz Gustavo Bach, diretor de marketing do Comprafacil.com - operação de comércio eletrônico do Grupo Hermes que adquiriu há menos de dois meses o controle do Oferta X. Segundo Bach, o incremento no volume de vendas compensa o aumento das despesas financeiras proporcionado pelas prestações (o varejista recebe o valor parcelado do banco ou administradora e, quando antecipa esses recebíveis, paga uma taxa). "Dividir um produto em 10 vezes custa menos do que ficar com um produto parado seis meses no estoque, sem giro", diz Bach.
É o Oferta X que puxa o movimento do parcelamento sem juros nos sites de compra coletiva. A partir de amanhã, o comprador do Oferta X poderá parcelar em até dez vezes compras a partir de R$ 100. Já Alex Tabor, sócio do rival Peixe Urbano, diz que o internauta vai encontrar no site a opção em parcelas a partir da próxima semana - mas não adianta em quantas vezes. "Hoje, quase a metade das nossas compras é parcelada, com juros, pelo PagSeguro UOL", diz Tabor, que acaba de receber Luciano Huck como sócio no Peixe Urbano.
Já o Groupon, que no Brasil comprou o Clube Urbano - e no mundo acaba de declinar de uma oferta de compra do Google - promete lançar a venda parcelada antes do Natal. "Nós poderiríamos perder vendas se não oferecêssemos o parcelamento", diz Daniel Funis, diretor da operação brasileira do Groupon.
O movimento dos sites de compra coletiva, de parcelar valores, vai na contramão do que é ensaiado pelas grandes redes de varejo, de encurtar o parcelamento para diminuir as despesas financeiras. Foi o que sinalizou o Grupo Pão de Açúcar (que controla Casas Bahia, Extra e Ponto Frio) na divulgação do balanço do terceiro trimestre: a média de 9,5 vezes fixas no cartão, praticada nas compras de móveis e eletro, deve cair para 7,5 vezes.
Entre os endereços de compra coletiva, só o Oferta X deve incrementar a venda de eletroeletrônicos, amparada pelo poder de barganha com fornecedores do Comprafácil. "A venda de produtos é mais vantajosa do que a de serviços, porque permite ações em nível nacional", diz Daniel Deivisson, diretor do Oferta X. Em geral, os sites de compra coletiva são baseados em serviços, como restaurantes e clínicas de estética, oferecidos regionalmente. "Ao focarmos em produto, podemos fazer campanhas nacionais", diz Deivisson.
Já os concorrentes devem enveredar por ofertas de maior valor agregado, como viagens em alto-mar. "Vendemos 50 cabines em um cruzeiro [no Carnaval, de Santos a Salvador, ida e volta] por R$ 3,8 mil, um valor que seria impensável à vista", diz Marcelo Macedo, presidente do Click On. No Groupon uma iniciativa que mostra a demanda potencial por itens mais caros foi a venda de mais de 5 mil celulares habilitados para um plano pós-pago economico da Claro em um só dia.
No período de férias, quando restaurantes e clínicas de estética estão lotados, é preciso buscar outros fornecedores. Nessa temporada devem estar em alta os vales-compra de roupas de grife. "É interessante, porque não tenho custo logístico e gero fluxo no ponto de venda do meu fornecedor", diz Macedo, do Click On. Nesse caso, o parcelamento é fundamental: no clube de compras Brands Club, que funciona como outlet virtual, 98% das vendas são parceladas.

Supermercados versus sacolas plásticas, 2o round

Segundo nota do site da Associação Brasileira de Supermercados, apesar da moda sustentável das bolsas retornáveis, que aparecem em diversas cores e modelos, as sacolas plásticas ainda são distribuídas em supermercados. Por não serem tão resistentes, às vezes, duas são necessárias para suportar o peso das compras e esse artigo produto do petróleo, altamente poluente, é acumulado e jogado depois no meio ambiente.
Por isso, já há movimentações para reduzir o poder de poluição das sacolas plásticas, retirando-as gradativamente do mercado. Foi assim com a campanha Saco é um Saco do Ministério do Meio Ambiente, que já recolheu mais de 600 milhões de sacolas. A nova ofensiva é parte das metas da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), que pretende diminuir o uso de sacolas plásticas em até 40% nos próximos cinco anos, dos quais 30% devem ser reduzidos em três anos.
A redução no consumo de sacolas foi de 2,9 bilhões de 2007 (17,9 bi) a 2009 (15 bi) e a previsão é de que atinja os 14 bilhões neste ano. O projeto está ligado ao Plano Abras de Ação Sustentável, que segue as diretrizes da Política Nacional de Resíduos Sólidos.
A criação de um manual de condutas para o setor e a redução de gases causadores do efeito estufa também estão entre os objetivos do plano. Em documento público, a Abras defende a criação de uma lei federal que regulamente a distribuição de sacolas plásticas, o fim da entrega de sacolas de forma gratuita nos supermercados, melhorias no sistema de coleta seletiva e aumento de ações de conscientização dos consumidores.
Plano B
A população apoiaria alternativas aos sacos plásticos, segundo pesquisa do Ministério do Meio Ambiente com 1.100 pessoas entre 16 e 70 anos que vivem em 11 capitais brasileiras. O estudo Aqui e Agora, realizado com o apoio da rede Walmart, tem como intuito verificar os hábitos de consumo e em relação ao meio ambiente / sustentabilidade da população brasileira. Em supermercados, a avaliação constatou que 69% dos entrevistados trocariam as sacolas plásticas por outras formas de carregar suas compras, como sacolas retornáveis, carrinhos e caixas de papelão.

Groupon rejeita oferta do Google

Segundo nota da Folha de S. Paulo, US$ 5 bilhões não foram suficientes para o Groupon, empresa de compras coletivas. Segundo rumores, essa era a oferta do Google para a compra da empresa, mas as negociações falharam. As informações são do blog TechRadar.
O Groupon, companhia privada de Chicago que foi criada há cerca de dois anos atrás, envia a seus membros emails diários com cerca de 200 produtos e serviços com descontos. Entre sua base de clientes, estão brasileiros.
Os descontos são ativados apenas quando um número mínimo de pessoas aceitar comprar a oferta, o que dá ao Groupon margem para negociar grandes vantagens com fornecedores de produtos e serviços.

Groupon segmenta ofertas em São Paulo

O Groupon implantou uma nova ferramenta de segmentação de ofertas na cidade de São Paulo e Guarulhos, para ajudar no redirecionamento das ofertas, na fidelização dos usuários e em benefícios aos parceiros comerciais.  Para isso, o site dividiu a região em duas zonas: Norte, Leste e Guarulhos; Oeste, Sul e Centro. Este novo modelo de envio de ofertas já está em funcionamento.
A cidade de São Paulo já representa o terceiro maior mercado para o Groupon, atrás somente de Paris e Londres. Em franca expansão no Brasil, onde começou a atuar em junho de 2010, o Groupon já está presente em cerca de 30 cidades, sendo que sua mais recente inauguração foram as cidades de Vitória (ES), Contagem (MG) e Betim (MG). A empresa planeja chegar a 40 municípios estratégicos até o fim do ano.
Grande parte do sucesso se deve à expertise que o Groupon Inc. possui, por ser líder mundial deste mercado e criadora do modelo de negócios, ou seja,  uma referência no setor. 

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

TodaOferta inicia interação com redes sociais

A partir de agora, o TodaOferta, site de e-commerce do UOL, permitirá aos usuários que estão cadastrados no Facebook o acesso a serviços exclusivos sem que seja necessário um novo cadastro. As informações do perfil na rede social serão suficientes para a identificação desses internautas. O principal objetivo dessa iniciativa é incentivar a interação dos usuários de redes sociais com os produtos do UOL, de forma simples e direta.
Um exemplo é a função “Pergunte ao Vendedor”, utilizada para estabelecer contato entre compradores e vendedores. Para ter acesso a esse serviço, os usuários poderão realizar seu login por meio de suas informações no Facebook, o que dispensa a necessidade de um novo cadastro. Essa nova forma de acesso fortalece o compromisso do UOL de simplificar a entrada de novos usuários aos seus produtos e serviços, garantindo total sigilo de dados. 

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

L’Occitane estreia loja virtual no Brasil

Informa Bárbara Sacchitiello, no Meio & Mensagem, que a L’Occitane conseguiu abrir 16 novos pontos de venda no País neste ano e pretende chegar a marca de 70 unidades até março de 2011. “Nós passamos de uma simples operação de distribuição de produtos para uma estratégia bem mais elaborada, que visa tornar o Brasil um dos principais mercados para a rede”, explica Anna Chaia, presidente das operações brasileiras da marca. Ela também esclarece que, junto com o Brasil, a rede francesa também está canalizando os investimentos em outros países emergentes, como México, Rússia, Índia e China. A marca pretende abrir mais lojas próprias e expandir sua parceria com redes de farmácias -- a marca fechou recentemente um acordo com a rede Droga Raia. Para 2011, estão previstos os lançamentos de 90 produtos em território nacional. Além desses canais de compras, Beaufils conta que a rede lançou seu canal de e-commerce há poucas semanas. Por enquanto, o serviço está disponível apenas para o Estado de São Paulo, mas deve ganhar alcance nacional em março de 2011.

Google investe no site de compras sociais Groupon

Segundo o site VatorNews, o Google teria fechado na manhã desta segunda-feira, 29, a aquisição do site de compras sociais Groupon  por cerca de US$ 2,5 bilhões. Já Kara Swisher, do All Things Digital, diz que a oferta do Google pode chegar a US$ 5,3 bilhões, mais US$ 700 milhões em bônus.
Boatos sobre a compra do Groupon pelo Google estavam circulando no mercado desde o início de novembro. No começo do mês, o Groupon estaria negociando uma rodada investimentos que valorizaria a empresa em torno de US$ 3 bilhões. Esse boato foi acompanhado por indicações de que o Yahoo estaria interessado em pagar até US$ 4 bilhões pelo site. No primeiro semestre, o site All Things D já havia noticiado a possibilidade de uma negociação entre o Yahoo e o Groupon, mas o site de compras acabou desistindo da oferta avaliada em US$ 1,7 bilhão.
O Groupon se tornou um dos tópicos mais quentes do e-commerce este ano. Criado em 2008, o site é um ótimo exemplo da nova geração de empresas de internet. Ao contrário da primeira onda de empresas "hype", onde havia muito ar quente e poucos resultados reais, o Groupon exibe um faturamento impressionante, que chega na casa dos US$ 50 milhões mensais.
Com 20 milhões de assinantes regulares e presença em 29 países na América do Norte, Europa, América Latina e Ásia, o Groupon inspirou dezenas de clones, alguns deles muito bem sucedidos (como o LivingSocial).
Se a aquisição pelo Google se confirmar nos próximos dias, a transação será um terremoto no setor, movimentando grandes empresas e várias firmas de investimentos como as americanas Accel Partners e Battery Ventures, e a russa DST Global. O acordo também deve chamar a atenção das autoridades, devido à concentração de mercado.
Se o Google fechar a compra do Groupon, a transação será similar à compra do YouTube em 2006, por US$ 1,6 bilhão. Na época, muitos acharam o preço muito elevado, mas 4 anos depois é evidente que o negócio deu o domínio do Google sobre o vídeo online. Com o Groupon, o Google pode dominar uma área muito importante e popular do comércio eletrônico.