terça-feira, 4 de outubro de 2011

(RE)COMMERCE: Por que as “trocas” são a nova compra para os consumidores inteligentes


Examinar a infinidade de maneiras em que a arena do consumidor passou além do “antigo” modelo de consumo (as marcas produzem, os consumidores compram) tem sido um tema recorrente em alguns Trend Briefings já publicados, de GENERATION C(ASH) e C(ONTENT) a SELLSUMERS e OWNER-LESS.

Agora, eis aqui mais um jeitinho que os consumidores estão dando para aproveitar ao máximo seus bens e posses:
(RE)COMMERCE | Nunca foi tão fácil para os consumidores descobrirem o valor de compras antigas*. Novas recompras de marcas, esquemas de troca, plataformas online e mercados de celular oferecem opções inteligentes e convenientes para os consumidores que gostam de “trocar para melhorar”, aliviar pressões financeiras (alguém aí ouviu falar de recessão?), e/ou aliviar preocupações ambientais e éticas.
De fato, o (RE)COMMERCE agora afeta cada vez mais até as decisões iniciais de compra dos consumidores. Da mesma maneira que acontece quando se compra um carro ou uma casa, os consumidores estão levando em conta o valor de revenda de um item no custo de possuí-lo e considerando uma gama mais ampla de escolhas.
Confira três motores por trás do fenômeno do (RE)COMMERCE:
  1. NEXTISM: Os consumidores vão sempre ansiar pelas experiências novas e emocionantes prometidas por aquilo que está por vir.
  2. STATUSPHERE: O impulso no status que vem de ser esperto e de comprar com responsabilidade (ambiental).
  3. EXCUSUMPTION: Consumidores sem muito dinheiro vivo que adotam soluções criativas. 
* Os consumidores sempre revenderam bens grandes e duráveis como carros e casas. Mas, agora, quase qualquer coisa está boa de revender, desde eletrônicos até roupas, passando até por experiências. Saiba mais abaixo.

1. NEXTISM

A EXPECTATION ECONOMY (ECONOMIA DE EXPECTATIVA) de hoje criou uma classe de consumidores que espera “o melhor do melhor” em cada compra, e os mesmos consumidores exigentes também são cada vez mais levados pelo aqui e agora e pelo desejo de colecionar o maior número de experiências possíveis.

Tudo isso explica o atrativo dos novos produtos, bens e serviços: recursos aprimorados, mais qualidade ou design atualizado prometem uma experiência nova ou intensificada e, portanto, uma vida melhor ou mais interessante em última instância.

2. STATUSPHERE

Há muito tempo nós dizemos que a busca do status social está no cerne de todas as tendências de consumo. Mas a diversificação da STATUSPHERE significa que muitos consumidores não obtêm seu status com a simples posse de objetos que são maiores, mais rápidos e mais reluzentes; o “novo” status se define por: habilidades adquiridas, generosidade, capacidade de conexão ou credenciais ambientais.

Na verdade, um número crescente de consumidores obtêm sua dose de status por serem astutos e espertos, e não mais por meio do consumo evidente e exibido.

Mas deve-se notar, no entanto, que isto não se trata de não-consumo completo (coisa que permanecerá alheia à ampla maioria de consumidores), mas sim de um consumismo mais pensado; em que é possível conseguir dinheiro ou descontos por itens velhos e usados (ou não), ou de se desfazer das coisas com responsabilidade*.
 * Claro que existe toda uma relação nova de esquemas de reciclagem, mas vamos falar mais deles em um próximo Trend Briefing no tema ECO-CYCOLOGY !

3. EXCUSUMPTION

A instabilidade econômica contínua do “Ocidente” significa que cada vez mais consumidores se viram com cada vez menos. Apesar disso, os consumidores continuam famintos por novas experiências, e isso faz com que a venda, troca por desconto ou simples troca de itens velhos/sem uso seja uma desculpa perfeita para uma compra esperta, nova, sem culpa. E como a (maior parte) dos consumidores em economias maduras viveram a vida toda no hiperconsumo, não há falta de compras anteriores com pouco uso.
Depois, há também os consumidores espertos que estão cientes do (RE)COMMERCE (tenham eles sido afetados pela recessão ou não), que aprimoram de maneira ativa seu consumo: incentivados a comprar ou até mesmo em “investir” em marcas de qualidade mais alta ou Premium, sabendo agora que podem ser (re)vendidas com facilidade e lucro.

(Fonte: Trendwatching, www.trendwatching.com)

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