Uma aplicação bastante interessante da tecnologia de etiquetas com microtransmissores de rádio (RFIDs) é o projeto britânico Remembe Me, uma parceria entre o TOTeM (Tales of Things and Electronic Memory, Histórias das Coisas e Memória Eletrônica) e a organização Oxfam.
O projeto pediu que as pessoas que doaram itens para a loja beneficente da Oxfam em Manchester gravassem o histórico do objeto com um microfone, incluindo detalhes e casos interessantes relacionados ao item. Os audioclipes foram lincados com uma etiqueta RFID e código QR, que fazem parte de cada item em exibição. Quando um comprador aproxima seu smartphone da etiqueta, o sistema acessa o clipe de som e a pessoa pode ouvir as histórias, na voz dos donos originais dos objetos.
O conceito faz com que as pessoas deixem de pensar em um produto exposto na loja em termos puramente financeiros -- neste caso específico, levando à reflexão sobre seu valor sentimental. A idéia pode ser expandida (e muito) para outras iniciativas de varejo.
Por exemplo, etiquetas RFID poderiam contar sobre a origem de produtos artesanais, sobre as comunidades que os produzem, sobre a consciência social e ambiental dos produtos. Isso aumentaria a percepção de valor dos itens.
Esse conceito também é usado na loja japonesa de segunda mão Pass The Baton, onde os produtos incluem histórias sobre os donos originais dos itens.
Veja abaixo um vídeo sobre o uso de RFIDs no projeto Remember Me:
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