A rede Wal-Mart anunciou programa para instalar sofisticadas etiquetas com microtransmissores de rádio em jeans e roupas de baixo a partir do próximo mês. Segundo reporta Miguel Bustillo, no Wall Street Journal, as etiquetas serão fixadas em peças individuais de vestuário e poderão ser lidas com equipamentos de mão pelos funcionários. Com as etiquetas, a equipe do hipermercado poderá saber rapidamente que tamanho de jeans está em falta, assegurando um controle eficiente de estoques e reposição de mercadorias nas prateleiras. Se os testes com essas peças de roupa forem bem sucedidos, a empresa pretende instalar RFIDs em outros produtos, vendidos em mais de 3.750 lojas nos EUA.
Segundo Raul Vazquez, diretor das lojas da rede na costa oeste dos EUA, o atrativo das etiquetas com ID eletrônico é a capacidade de avaliar os estoques em segundos, o que pode revolucionar as operações de estoque nas lojas. O Wal-Mart já havia sido pioneiro na adoção de RFIDs nos centros de distribuição, onde as etiquetas serviam para o controle de caixas e paletes de mercadorias. Com o uso das etiquetas eletrônicas, o Wal-Mart conseguiu reduzir custos operacionais, que se traduziram em preços menores para os consumidores. O exemplo foi imitado por um grande número de concorrentes no mundo todo.
A tecnologia tem seus críticos. Entre eles está Katherine Albrecht, fundadora de um grupo chamado Consumidores Contra a Invasão da Privacidade por Supermercados, e autora do livro "Spychips". Segundo ela, apesar das vantagens logísticas de monitorar mercadorias, há o o risco dos supermercados usarem a tecnologia para monitorar os próprios consumidores -- dentro e fora do espaço da loja. O grupo de Katherine já promoveu protestos e boicotes contra marcas conhecidas, por incluir etiquetas eletrônicas em produtos sem informar os consumidores.
O Wal-Mart está determinando que os fornecedores usem apenas etiquetas removíveis, e não costuradas dentro da peça de roupa, para reduzir os temores de invasão de privacidade. A rede também vai informar através de cartazes nas lojas sobre o uso das etiquetas.
(foto: Marc F. Henning/ The Wall Street Journal)
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