terça-feira, 11 de fevereiro de 2014
O futuro é hoje: porque a Amazon acertou e o Google errou
Nikki Baird escreve no RetailWire uma análise sobre o impacto de novas tecnologias adotadas por dois dos maiores gigantes comerciais do mundo, a Amazon e o Google.
Segundo Baird, a Amazon deu um tiro certo ao investir em (e patentear) um conceito de "entrega antecipada" -- que usa análise de consumo dos clientes para orientar as próximas entregas de produtos, baseada no histórico de compras. Se funcionar como a empresa espera, a Amazon pode economizar centenas de milhões de dólares em transporte e logística, simplesmente mudando os estoques regionais dos produtos que vende em função dos perfis dos compradores.
Alguns críticos ficaram apreensivos com esse tipo de "previsão de intenção de compras", mas o fato é que a Amazon não teve reação negativa com esse projeto -- ao contrário, os consumidores mais entusiasmados reagiram bem à ideia de receber suas encomendas mais rapidamente, a partir dessa análise de compras anteriores. Neste caso, o fator conveniência foi mais relevante que o temor de uma suposta invasão de privacidade.
Em contraste, a notícia de que o Google havia comprado a Nest Labs não foi bem recebida pelo público. A Nest Labs produz termostatos residenciais e alarmes de incêndio que são conectados à internet. A empresa diz que usa os dados dos clientes apenas para melhorar seu serviço, mas as pessoas ficaram preocupadas com a ideia de que o Google agora pode saber se a pessoa está ou não em casa, e usar essa informação em seus próprios negócios, campanhas de marketing e promoções com terceiros.
A percepção de muitos consumidores é que o Google já tem informações demais a respeito de nossa vida privada, através do computador, celular ou tablet.
Segundo Baird, a diferença entre a Amazon e o Google nesses exemplos de novas tecnologias é que a Amazon parece usar a inovação a favor do consumidor, enquanto o Google também oferece serviços convenientes -- mas vende nossas informações pessoais para aqueles que pagam mais.
Veja o artigo completo de Baird aqui.
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