Analistas do setor de varejo e publicações especializadas estão usando o termo "F-commerce" para qualificar um novo tipo de comércio eletrônico, realizado a partir (e dentro) das páginas e perfis da rede social Facebook. De sapatos a passagens aéreas, tudo pode ser comprado no site.
O Facebook agora oferece várias opções aos varejistas para criar páginas customizadas, que parecem mais um mini-site do que um perfil tradicional da rede social. A função simplificada de "clique-e-pague" parece ser um fator atrativo para os consumidores. E com o aumento do interesse dos consumidores, também aumenta o número de varejistas oferecendo seus produtos e serviços no site.
Um fator que agrada os comerciantes no F-commerce é que a plataforma é totalmente gratuita. Ainda não são cobradas taxas de registro ou hospedagem, e o Facebook não fica com uma porcentagem dos lucros. Com o crescimento rápido do Facebook, o F-commerce deve crescer ainda mais e atrair mais varejistas.
Estima-se que o Facebook já tenha superado 700 milhões de membros, uma grande parte da população online no mundo. As pessoas buscam a socialização online, e as compras são uma atividade essencialmente social. Os varejistas mais antenados estão atentos às mudanças que ocorrem no mundo das compras virtuais.
Uma característica do Facebook que pode funcionar para as lojas é que as páginas permitem atualizações contínuas, e os usuários podem checar e "curtir" novos lançamentos e notícias. Essas ações se espalham pela rede de amigos do usuário. Em vez de compartilhar uma frase ou vídeo, os usuários do Facebook podem partilhar descontos ou dicas de novos produtos.
Grandes empresas como a Delta Airlines, Coca-Cola e Barneys New York estão criando campanhas cuidadosamente elaboradas para o Facebook, com uma página específica para compras. A rede de varejo Best Buy também está oferecendo mais opções aos clientes: a loja criou uma opção de "compre-e-comente", onde o usuário pode comentar suas compras com os amigos.
O F-commerce não substitui o e-commerce -- é mais uma ferramenta no arsenal de vendas eletrônicas dos varejistas. Os varejistas aprenderam que o consumidor não troca sistemas de compras eletrônicas; ele acrescenta e combina as opções, para obter os meios mais práticos e econômicos de comprar.
A loja especializada em decoração Kirkland's (www.kirklands.com/) descobriu que um dos grupos demográficos de maior crescimento no Facebook são mulheres acima dos 55 anos. A empresa detectou que esse grupo está aumentando na rede social justamente pelo interesse em compras, e decidiu atender preferencialmente essas consumidoras.
A Kirkland's era uma loja praticamente desconhecida nas redes sociais, e rapidamente se tornou a sexta maior página de fã no Facebook. A loja lançou um jogo interativo de promoções chamado Cha-Ching!, e em quatro dias o número de fãs da loja na rede social passou de 43.000 para 140.000, e chegou a 200.000 pouco tempo depois. E tudo isso sem vender mercadorias diretamente pela página no Facebook. A loja disse que está na fase inicial de seu projeto para a rede social, e procura estabelecer sua presença e conquistar a confiança dos consumidores.
A promoção incluiu um prêmio de US$ 25.000 e a possibilidade de ganhar produtos da Kirkland's em uma gincana onde as pessoas trocam mercadorias virtuais com outros jogadores. E todos os participantes do jogo ganham um cupom de desconto para compras na loja.
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