sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Social Commerce é maior aposta para 2012

O encontro (ou fusão) do comércio eletrônico com as redes sociais é apontado como uma das maiores transformações do varejo em 2011, e essa tendência deve continuar em 2012, com força cada vez maior. Comerciantes de todos os tamanhos estão cada vez mais conscientes da importante de sites como o Facebook e Twitter em seus negócios.
A firma britânica de comércio social Bazaarvoice acaba de publicar o estudo Social Commerce Trends Report 2012, destacando quatro fatores chave que devem impulsionar o crescimento desse setor no próximo ano. Esses fatores foram debatidos durante um evento promovido pela empresa em outubro, reunindo líderes de agentes importantes como Facebook, Dell, John Lewis e várias outras empresas de tecnologia e varejo.
1. A internet social é uma mudança de paradigma. Graças ao surgimento dos canais digitais, o modo como as pessoas compram foi alterado de modo profundo e irreversível. Em poucos anos, o marketing de varejo passou de mensagens controladas pelas marcas para um mundo onde os consumidores detém cada vez mais poder, em uma oferta crescente de canais. A procura por produtos nos sites de busca ainda é importante, mas o tempo gasto com isso cresceu apenas 1%, enquanto o tempo nas redes sociais subiu 50%.
2. Os dados sociais revelam os motivos por trás das compras. As opiniões de amigos são a fonte mais confiável para as decisões de compras -- segundo o estudo, 90% dos consumidores confiam em recomendações de seus amigos nas redes sociais, comparado com 14% que confiam na publicidade dos produtos. Para as empresas, a importância estratégica de ouvir as opiniões sobre os produtos nas redes sociais nunca foi tão grande. E, mais importante do que reunir montanhas de dados, as empresas precisam usar as informações para criar campanhas mais eficientes e atraentes. Identificar e entender as tendências que emergem dos dados dos consumidores permitem que as empresas fiquem mais focalizadas em seus clientes -- e isso aumenta as vendas, reduz o encalhe e a devolução de mercadorias, inspira a inovação e estimula novas abordagens de marketing.
3. O foco no consumidor exige uma transformação cultural e organizacional. Os sites sociais aproximam as empresas de seus clientes -- as pessoas que realmente se interessam, pesquisam, compram e usam os produtos e serviços. Vivemos hoje uma transição crítica: da distribuição generalizada para a comunicação personalizada, da marca para o consumidor, das mídias tradicionais para as mídias colaborativas. A coletivização do varejo exige um novo foco dos negócios. As empresas, mais do que nunca na história, terão que destinar a maior parte de seus investimentos, tempo e talento para entender e atrair os consumidores.
Não é uma transformação desprezível, e seria muito imprudente para o varejista ignorar seus impactos hoje, e ainda mais nos próximos anos. Todos os analistas do setor, dos mais conservadores aos mais visionários, concordam que a transição de poder das empresas para a mão dos clientes é real e cada vez mais dominante.
4. O contexto é o fator dominante nos dados sociais. Colocar as redes sociais em seu contexto correto para cada empresa deve ser a principal preocupação do varejo em 2012. Segundo Erin Nelson, executivo de marketing da Bazaarvoice, contextualizar os dados das redes sociais vai além de uma mera estratégia de negócios, ou de uma abordagem desse segmento de consumo. O impacto das redes sociais no varejo é uma mudança de grande porte entre as empresas e os clientes, em um nível pessoal e individual.
O estudo completo da Bazaarvoice pode ser baixado gratuitamente no link.

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