Segundo reporta Miguel Arcanjo Prado, na Folha Online, virou coisa rara escutar música dentro de loja, bar ou restaurante, ou mesmo assistir a uma partida de futebol nos botecos de Jaboticabal, 344 km noroeste de São Paulo.
O motivo para o sumiço dos aparelhos de rádio e de TV dos estabelecimentos é a chegada na cidade de Maria do Carmo Chioda, a representante do Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) que faz campanha ferrenha na cobrança dos direitos autorais. Segundo a Associação Comercial, Industrial e Agronegócios de Jaboticabal, uma loja de 44 metros quadrados, por exemplo, pagaria R$ 58,96 por mês de direitos autorais. O dono de uma loja com 70 metros quadrados teria que desembolsar um pouco mais: R$ 93,80 por mês. Já o proprietário de um estabelecimento com 90 metros quadrados teria que pagar R$ 120,60 para o Ecad.
Um comentário:
Na verdade nós compositores estamos revoltados e envergonhados com a entidade que nos representa, infelizmente é com muita tristeza que nos deparamos com os abusos cometidos pelo Ecad, a cada ano que passa a arrecadação aumenta, e cada ano que passa a distribuição se torna menos transparente, sem destino.
O nosso futuro é decidido na calada da noite, a cada Assembléia Geral.
Os nossos atores de teatro nunca receberam os seus direitos conexos, os compositores de trilhas sonoras do nosso Cinema Brasileiro nunca receberam os seus direitos autorais.
Com a exigência de 2,5% do faturamento bruto dos exibidores de Radio, TV, Cinema etc, o estimulo para acordos unilaterais que nos deixa de fora das negociações, e sem o nome da obra na arrecadação, se torna impossível o acompanhamento econômico das nossas criações.
Se este direito recolhido fosse destinados a nós, a arrecadação deveria ser pelo nosso nome, nome da obra autor inteprete, a exigencia do roteiro musical, no entanto isso não acontece no momento da cobrança, eles querem apenas o dinheiro sem destino, sem a nossa assinatura.
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