terça-feira, 19 de outubro de 2010

Celular, a estrela do e-commerce em 2011

Com mundo emergindo da recessão global que afetou o varejo em 2008 e 2009, o comércio eletrônico deve experimentar um forte crescimento nos próximos 12 meses. O uso do celular nas compras, em promoções e no marketing se mostra como a tendência mais quente desse futuro próximo. Livros, filmes digitais, roupas, artigos para o lar e joias serão os principais produtos do comércio eletrônico em 2011.
Segundo uma avaliação do site eMarketer, nos próximos três anos as compras eletrônicas mundiais deverão crescer mais de 50%, atingindo US$ 201,4 bilhões em 2013. Porém, seguindo a tendência já detectada nos últimos anos, o número de novos consumidores online não deve crescer muito em 2011. O crescimento se dará na maior parte devido ao aumento do volume de compras dos atuais consumidores, que estão cada vez mais experientes e confiantes.
Segundo o eMarketer, além das compras online, a internet influencia cada vez mais as compras feitas nas lojas de tijolo e cimento, por consumidores que pesquisam e selecionam os produtos antes de visitar a loja. Assim, é cada vez maior a importância estratégica da conexão entre o mundo online e a loja física.
A recente explosão nas vendas de smartphones como o iPhone e aparelhos portáteis como o iPad criou uma nova categoria de ferramentas de compras. Atualmente, a percentagem de consumidores que compram usando smartphones ainda é pequena, mas uma pesquisa recente da Forrester indica que a maioria dos consultados gostaria de usar seus celulares para atividades de compras, como pesquisar a localização de uma loja ou checar a disponibilidade de um produto. Dois terços dos entrevistados disseram que gostariam de usar o celular para comprar produtos automaticamente, evitando filas de caixa. Cerca de 25% disseram que seria útil receber cupons ou promoções de produtos via celular, dentro do espaço da loja.
A segurança das compras via celular é uma grande preocupação dos consumidores, do mesmo modo que as compras online eram em meados dos anos 90. Se o padrão se repetir, é apenas questão de tempo para que esses temores sejam superados. Como a curva tecnológica é cada vez mais veloz, é possível que demore bem menos para o m-commerce ser amplamente adotado pelos consumidores. Outros problemas apontados pelos consumidores para as compras via celular incluem telas muito pequenas, teclados pouco ergonômicos e sites de compras que demoram muito para carregar nos celulares.
A tendência de maior uso dos celulares nas compras digitais em 2011 vai exigir que as empresas (grandes e pequenas) adaptem suas operações de comércio eletrônico para as plataformas móveis. Os varejistas que demorarem para se adaptar às tecnologias móveis serão fatalmente superados pelos concorrentes. De forma análoga aos sites de e-commerce, os sites de comércio via celular de maior sucesso serão aqueles que apresentarem acesso fácil e intuitivo, foco em produtos específicos e atendimento eficiente aos consumidores.

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