terça-feira, 17 de agosto de 2010

Um aplicativo de barganhas para as lojas

O aplicativo Shopkick combina telas espalhadas em lojas com os celulares dos consumidores para criar o mais incansável vendedor "não-humano" do varejo. Segundo reporta Stephanie Clifford, no New York Times, a mais recente inovação no varejo dos EUA está sendo testada por grandes varejistas do país para oferecer promoções e descontos desde o momento em que o cliente entra na loja até a hora em que ele sai, com telas de acesso espalhadas estrategicamente. O Shopkick funciona inicialmente com o iPhone, mas vai incluir smartphones do sistema Android nos próximos meses.
Entre as redes de varejo participantes estão a Macy’s, Best Buy, Sports Authority e a American Eagle Outfitters, e também a rede de shopping centers Simon Property Group -- esse elenco garante uma introdução de peso para o sistema.
Os clientes que usam o app Shopkick recebem pontos chamados "kickbucks", cada vez que entram em uma loja cadastrada. A cada compra, mais pontos são adicionados, e podem ser convertidos em descontos, vale-presentes, downloads de músicas e créditos em jogos online. Ainda é preciso juntar muitos pontos para conseguir um vale-presente de US$ 5, mas as lojas disseram que vão ajustar o sistema para tornar os pontos mais valiosos.
Os varejistas veem grandes vantagens no sistema, mas as associações de proteção à privacidade já criticam a tecnologia como mais uma invasão na vida pessoal dos consumidores. Jeffrey Chester, diretor do Center for Digital Democracy, ressalta que o Shopkick é capaz de saber onde o consumidor está a qualquer momento, o que ele compra, seus hábitos de consumo, itens favoritos, excessos, etc.
Diferente do sistema Foursquare, o Shopkick informa ao varejista quando o consumidor está dentro da loja, e não apenas próximo.
O aspecto mais inovador do Shopkick é o uso de telas digitais espalhadas nas lojas, que interagem com o celular do consumidor. As telas possuem sensores que detectam o celular, e apresentam ofertas e descontos personalizados.
O sistema ainda tem muitas limitações e pontos mal resolvidos, mas os varejistas esperam aprimorar o Shopkick nos próximos meses, de olho na temporada de compras do final do ano.

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