Reporta Dana Hunsinger Benbow, no Indianapolis Star, que há no varejo dos EUA uma forte tendência para usar máquinas automáticas em vários pontos de lojas, mercearias e supermercados. Máquinas cada vez mais sofisticadas permitem a locação de DVDs, registram compras automaticamente e processam pedidos feitos por telefone.
A automação é um fato antigo em outras áreas da economia, como agricultura e manufatura, mas agora avança no setor de serviços, onde as empresas buscam vender mais produtos usando menos funcionários.
Os robôs assumiram o lugar de pessoas nos armazéns e centros de distribuição. Computadores de mão nas lojas realizam funções antes executadas por vendedores. Quiosques e máquinas de autoatendimento estão reduzindo a necessidade de pessoal nos caixas.
É uma má notícia em uma indústria tão importante -- o setor de varejo emprega um em cada 10 trabalhadores nos EUA, e sempre foi uma fonte confiável de empregos. Mas a recente crise financeira acentou a tendência de cortes de custos. Nos últimos 3 anos, o varejo dos EUA perdeu mais de 1 milhao de postos de trabalho -- e as empresas buscam substituir a mão-de-obra perdida com a automação.
Em 2010, as máquinas automáticas registraram transações de US$ 740 bilhões, uma alta de 9% em comparação a 2009. A consultoria de tecnologia IHL Group prevê que essa soma deve atingir US$ 1,1 trilhão anuais em 2014.
Essa tendência preocupa alguns economistas, que dizem que o varejo sempre foi a salvação de muitos trabalhadores não especializados nos EUA. Agora, até mesmo esses empregos podem sumir do mercado.
Os varejistas não gostam de admitir que as máquinas causam demissões. Para um porta-voz da rede de mercados Meijer, as máquinas de autoatendimento melhoram a experiência de compra para os consumidores, reduzindo o tempo de espera em filas. Segundo ele, os consumidores "adoram" as máquinas.
E há novidades nesse setor: a empresa de máquinas AVT anunciou o desenvolvimento de um posto de combustíveis que permitirá o abastecimento do carro e a compra de bebidas, lanches, café, miudezas, etc. Tudo com uma única passada de cartão de crédito, e sem um único funcionário humano. O sistema totalmente automatizado funciona 24 horas e fornece relatórios instantâneos de vendas e estoques.
Segundo Brentt Arcement, vice-presidente da AVT, esse é mais um passo lógico no "processo evolutivo" do varejo.
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