terça-feira, 12 de maio de 2009

Brasil é um dos países mais abertos à chegada das redes globais, diz estudo


Reporta Adriana Mattos, na IstoÉ Dinheiro, o Brasil é um imã para as grandes redes varejistas mundiais. Um levantamento apresentado na sexta-feira 8, em Barcelona, na World Retail Congress mostra que o Brasil tem baixíssimo índice de rejeição ao modelo global. O levantamento, já nas mãos de mais dois mil diretores de varejistas, revela que o nível de confiança e de apego às marcas por aqui supera a taxa média do resto do mundo. Enquanto 40% dos brasileiros têm uma verdadeira relação emocional com as grandes cadeias, nos outros países a média está em 28%. Nesse bolo, passaram pelo crivo Wal-Mart, Leroy Merlin e C&A, e as brasileiras Casas Bahia, Ponto Frio e Riachuelo.
Tamanha aceitação pode ser explicada pelo fato de o Brasil, com um varejo que movimenta R$ 200 bilhões ao ano, ter aberto a sua economia recentemente. Ainda há uma demanda reprimida considerável por diversos bens e serviços. Existe também uma nova classe média que descobriu o crédito cinco anos atrás e que tem abusado dos prazeres do consumo. Além disso, há uma quarta explicação: os consumidores brasileiros tendem a ser mais tolerantes e menos exigentes. "Até pouco tempo atrás, uma minoria viajava e não havia base de comparação", diz o economista Nelson Barrizzelli. "Estamos mais críticos em relação ao que compramos. Mas ainda caminhamos nesse processo." É a primeira vez que essa ligação entre lojas e clientes é avaliada numa pesquisa mundial, realizada em 2008 em 11 países pela Ebeltoft Retail Experts, com apoio da GS&MD. Segundo o trabalho, 80% dos brasileiros confiam completamente na loja onde compram - contra 75% no mundo. A análise é crucial porque esse alto grau de identificação cria clientes fiéis. E são esses os menos seduzidos por descontos, algo comum em tempos de crise.

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