segunda-feira, 4 de maio de 2009

Quartos minúsculos e pagamento sem dinheiro: o futuro da hotelaria?


A tendência vem do Japão, de onde mais? Segundo reporta Michael Kefer, no Trends in Japan, o conceito de "hotel-cápsula" já tem mais de 30 anos por lá -- hotéis onde a acomodação é pouco maior que uma urna funerária. Esses "hotéis de vampiro" se tornaram muito populares devido aos preços: cerca de US$ 10 por noite. Em modelos "de luxo" (US$ 30 a 40) havia amenidades como sauna e mais privacidade.
Zoom para 2009. Agora, uma empresa chamada First Cabin está revolucionando essa, digamos, "hotelaria alternativa". A empresa criou um mini-hotel em Namba, ao lado de Osaka. O hotel tem 111 quartos (dos quais apenas 12 são reservados para mulheres), disponíveis em duas categorias: First Class (4,2 metros quadrados por US$ 50) e Business Class (2,5 metros quadrados por US$ 40) -- todas equipadas com TVs, tomadas, conexão de internet, pijamas e outras amenidades. O hotel inclui um lounge e áreas para massagens e relaxamento, além de banheiros coletivos comuns nos hotéis-cápsula.
O mais interessante do First Cabin é que se trata de um hotel "cashless", onde não usa dinheiro como pagamento. O hotel aproveita as avançadas tecnologias celulares no Japão, que estão disponíveis para a maioria da população. As reservas podem ser feitas por um aplicativo móvel que depois transforma o aparelho celular em uma chave para o quarto e outras áreas do hotel. O mesmo telefone pode ser usado para pagar qualquer compra no hotel, como serviço de quarto e bebidas. Assim é possível se hospedar em um hotel com razoável conforto, sem sequer precisar da carteira.

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