Segundo dados da Fecomercio, o comércio faturou R$ 8,1 bilhões em fevereiro, 7,1% a mais do que no mesmo mês do ano anterior. Os números são os mais positivos já registrados para o mês de fevereiro pela Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista (e-PCCV), realizada pela federação desde a década de 1970 e que, em 2008, passou a contar com a parceria da e-Bit, monitorando também o comércio eletrônico. Com o resultado, o primeiro bimestre de 2011 apresentou movimentação 6,9% superior ao do mesmo período de 2010, resultado que evidencia a continuidade do ciclo positivo que prevaleceu ao longo do ano anterior.
A exemplo do que aconteceu em janeiro, a assessoria técnica da Fecomercio destaca a disseminação dos resultados positivos por todos os ramos da atividade, exceção feita às Lojas de Departamento que, em comparação com fevereiro de 2010 apresentaram faturamento 0,4% inferior. O resultado demonstra que o consumo de início de ano não está restrito ao chamado efeito carry over, mas ancorado no otimismo dos consumidores que, conforme mostra o Índice de Confiança do Consumidor (ICC), também apurado pela Fecomercio, permanece em patamar bastante elevado.
O bom desempenho do comércio de bens e serviços reforça a previsão da Fecomercio de que a economia deve permanecer aquecida ao longo do primeiro semestre, apresentando uma possível desaceleração somente na segunda metade do ano. O contínuo aquecimento do setor também demonstra, até aqui, a ineficácia das medidas adotadas pelo Banco Central (BC) para restringir o crédito e reduzir o nível de consumo – em fevereiro, a taxa média de juros para Pessoa Física (PF) permaneceu estável enquanto o prazo para pagamento dos empréstimos foi estendido e o volume de crédito diário concedido às famílias aumentou 8,8% em relação ao mês anterior. O efeito calendário também foi uma variável positiva este ano, já que fevereiro contou com maior número de dias uteis em razão do Carnaval ter sido realizado em março.
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