quarta-feira, 16 de junho de 2010

Comerciais de TV onde interessam: na prateleira da loja

Reporta Stuart Elliot, no New York Times, que a empresa Automated Media Services (AMS) está há anos desenvolvendo um sistema de televisão para ambientes de varejo que permitiria que agências planejam e comprem horários comerciais nas lojas, do mesmo modo que fazem nos canais de TV tradicionais. O sistema, chamado 3GTV, está sendo testado em nove supermercados da rede Bloom nos estados de Maryland e Virginia.
Os executivos da AMS já trabalharam em redes de TV, publicidade e marketing, e captaram US$ 10 milhões para desenvolver o sistema 3GTV. Entre os investidores da empresa, estão alguns nomes e firmas bem conhecidas em Wall Street e Madison Avenue. Entre eles estão Burt Manning, ex-presidente da divisão JWT do grupo WPP, e Stephen Grubbs, que foi executivo de agências de mídia do Omnicom Group.
Segundo Manning, o sistema da AMS atinge os consumidores de uma nova forma. Ele observa que as pessoas ainda assistem TV, mas hoje a audiência está pulverizada em centenas de canais e pela internet. As lojas e mercados são um local estratégico para atingir um público qualificado, no momento exato da compra.
Grubbs disse que o marketing e a mídia sempre conseguiram atingir o consumidor no topo do funil de compras, através de anúncios na TV e mídia impressa. Mas essas técnicas não eram suficientes para capturar o interesse do comprador na base do funil, antes que a pessoa coloque um produto no carrinho de compras.
As telas do 3GVT são estrategicamente posicionadas nas prateleiras ao lado dos itens anunciados nos comerciais, oferecendo uma série de informações relevantes sobre os produtos. Isso representa uma vantagem sobre os sistemas de TV que já existem em muitas lojas, onde as telas ficam perto dos caixas ou na saída da loja, quando as decisões de compras já foram tomadas.
Nos testes que serão feitos nos supermercados da Bloom, o varejista vai colaborar com a AMS para determinar as melhores posições para as telas e quantas serão necessárias em cada loja, para não incomodar o consumidor. No final das contas, a aceitação do cliente vai determinar o sucesso ou o fracasso dos testes.

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